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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

BRASIL ENVERGONHADO E REVOLTADO! Campanha nojenta, suja e difamatória da Dilma é manchete no mundo inteiro.


O jornal britânico Financial Times publica reportagem nesta quinta-feira com crítica ao debate político na reta final das eleições presidenciais no Brasil. Ao citar os ataques contra Marina Silva (PSB), o jornal destaca a acusação de que o PT usou "táticas de difamação" contra opositores.

FT diz que a ex-ministra do Meio Ambiente acusa a campanha de Dilma Rousseff (PT) de "espalhar mentiras". Entre as acusações que teriam sido feitas contra Marina no 1º turno das eleições, estão a de que a candidata era homofóbica. "Marina Silva acusa o PT de Dilma Rousseff de usar servidores públicos para espalhar mentiras pelas redes sociais e contatos comunitários, como o alerta de que a candidata que é evangélica iria proibir videogames", diz o texto.

Em afirmação citada pelo jornal britânico, Marina diz que "uma coisa terrível que eles (PT) disseram era que eu sou homofóbica e que uma pessoa gay tentou se aproximar de mim e meus seguranças bateram com tanta força que ele morreu". "Você não tem ideia do que essas pessoas fizeram", completou a ex-ministra.

No segundo turno, a bateria volta-se contra o candidato Aécio Neves (PSDB) e o FT cita a afirmação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comparou o tucano a um nazista. "O tom negativo da campanha tem frustrado muitos membros da crescente classe média baixa do Brasil que estão desesperados para que os políticos debatam as questões críticas para o bem-estar, como a melhora da saúde pública, transporte e segurança", diz o jornal.

A reportagem trata, também, de respostas de apoiadores do tucano que comparam "a abordagem de Dilma Rousseff na economia com a de Cristina Kirchner na Argentina, cujos métodos intervencionistas a fizeram impopular com os mercados financeiros", diz o texto (VEJA)

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Turma do PT e da Dilma transportava o dinheiro vivo da propina da Petrobras em jatinhos e carros forte, denuncia doleiro.


Um parte significativa da propina paga a parlamentares com recursos desviados de contratos superfaturados de empreiteiras com a Petrobras foi transportada em jatinhos e em voos domésticos, segundo a investigação da operação Lava-Jato e informações do doleiro Alberto Youssef. Desde o dia 24 de setembro ele presta depoimentos diários de até seis horas a um delegado da Polícia Federal (PF) e a um procurador da República no âmbito da delação premiada celebrada com o Ministério Público Federal (MPF).

A Lava-Jato já tinha conhecimento de que a prática era comum e que Youssef era o responsável pela logística de distribuição da propina a agentes políticos. As interceptações telefônicas judicialmente autorizadas permitiram aos investigadores identificar os responsáveis pela entrega de malas de dinheiro. Os diálogos captados nas escutas telefônicas mostram que o doleiro preocupava-se em assegurar que as "encomendas" chegassem a seus destinatários.

Ouvido na condição de testemunha de acusação em ação penal resultante da investigação federal na Petrobras, um agente da PF detalhou como os executores do esquema Youssef transportavam o dinheiro vivo: "Ocultado no corpo ou, nós temos conhecimento, que por algumas vezes eles tinham disponibilidade de aviões particulares. Mas por algumas vezes a gente conseguiu identificar que esse dinheiro era embarcado em um voo doméstico, um voo comum, provavelmente no corpo, em alguma valise e era transportado por eles."

A testemunha também contou que parte da propina era entregue com o uso de veículos blindados."Eu ouvi relatos de que eles disponibilizavam de um veículo blindado na cidade de São Paulo e que por diversas vezes foi transportado em malas, maletas dentro do carro. Dinheiro em espécie", afirmou.

O policial disse também que a investigação indicou que os pagamentos eram feitos em dólares e reais, sempre em dinheiro vivo, para "ocultar a transferência" e dificultar o rastreamento da propina.A PF deverá cruzar dados sobre decolagens e pousos de jatos no eixo São Paulo - Brasília com informações obtidas pelos inquéritos da Lava-Jato e relatadas por Youssef em seu termo de delação premiada. O pedido sobre a frequência das operações com aviões particulares terá de ser encaminhado à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Com os detalhes esmiuçados pelos relatos de Youssef, a PF espera obter novas evidências sobre o volume de propina pago a políticos. Com o detalhamento de informações, a expectativa é que a possibilidade de identificação de políticos subornados se multiplique. No entanto, eventuais quebras de sigilos fiscais e bancários só poderão ser consideradas no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), já que senadores e deputados federais contam com privilégio de foro. 

A homologação da delação premiada de Youssef, assim como a de Paulo Roberto Costa, será ser conduzida pelo ministro relator do caso no STF, Teori Zavascki. Ainda não se sabe como o relator dará prosseguimento à Lava-Jato na Corte. Em sua delação, Costa teria nominado e indicado provas do recebimento de propinas por pelo menos 32 parlamentares.(Valor Econômico)

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Pesquisas internas de grandes empresas mostram Aécio à frente de Dilma. Bolsa sobe. Dólar cai. O Real tem a maior valorização entre as moedas no mundo.

Além das pesquisas publicadas, grandes empresas fazem os seus próprios levantamentos, para orientar as suas decisões estratégicas. Ontem a maioria das pesquisas de tracking indicavam que Aécio abriu uma grande vantagem sobre Dilma. Tanto é que a Vox Populi, que tem contrato com o PT, juntamente com a Rede Record, que apoia Dilma, publicaram pesquisa para não desmobilizar a militância. Para não ficarem desmoralizados, mantiveram o empate técnico entre os candidatos.

Ibovespa experimentou a maior alta entre os principais índices acionários do mundo e o real subiu depois que uma pesquisa mostrou o candidato de oposição, Aécio Neves, à frente da presidente Dilma Rousseff no segundo turno da eleição no Brasil. A Petrobras deu a maior contribuição para o avanço do indicador devido à especulação de que o possível novo governo reduzirá as intervenções, o que inclui os controles de preços, que limitam sua lucratividade. 

O Ibovespa deu um salto de 5,6 por cento, para 58.423,05, às 15h13, em São Paulo. Todos os 10 setores industriais que compõem o MSCI Brazil Index avançaram. O real registrou uma valorização de 2 por cento, para 2,3818 por dólar, marcando o melhor desempenho entre as 31 principais moedas monitoradas pela Bloomberg. 

A Petrobras subiu 11 por cento, para R$ 22,25 o mais alto nível desde 5 de setembro. A Vale saltou 6,2 por cento, para R$ 24,40, a maior alta desde julho de 2010 . As oscilações entre os ganhos e os prejuízos das ações e dos mercados de câmbio brasileiros têm aumentado à medida que o segundo turno se aproxima, com a volatilidade do Ibovespa no período de 90 dias no nível mais alto desde outubro de 2013. A volatilidade implícita de um mês sobre as opções para o real, que refletem mudanças projetadas na moeda, está no nível mais alto entre os países em desenvolvimento.

Avanço semanal
No dia 10 de outubro o real registrou um aumento semanal de 1,2 por cento, em seu primeiro ganho de cinco dias desde agosto, devido à especulação de que Dilma não será reeleita. Em setembro, a moeda caiu 8,6 por cento, maior declínio dos mercados emergentes, quando as pesquisas mostraram um maior apoio à candidata à reeleição. 

“O debate político tende a continuar sendo o principal impulsor da negociação cambial”, disse Deives Ribeiro, gerente de câmbio da Fair Corretora de Câmbio e Valores, em São Paulo, por telefone. “Os investidores gostaram de ver Aécio à frente de Dilma”. (Com informações da Revista Exame).


segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Mentira tem perna curta, Dilma! Lula e o PT queriam Armínio Fraga no governo em 2002.



Está aí a matéria de página ( http://bit.ly/1tp49imda Folha de São Paulo, de 10 de agosto de 2002, mostrando que o PT queria Armínio Fraga, que hoje Dilma ataca só para ganhar votos, para ajudar o governo de Lula. É para o ver o quanto a campanha petista é suja. Eles querem reescrever a história. São caluniadores contumazes, assassinos de reputações, pregadores do ódio e da desunião. Vejam os trechos abaixo da matéria da Folha:
 O PT praticamente estava implorando por no mínimo uma "consultoria informal". Até um "conselho" seria montado apenas para contar com a genialidade e a competência de Armínio Fraga no governo Lula. Queriam Armínio como um "embaixador econômico informal" junto ao FMI, BID e Banco Mundial. E agora Dilma e sua campanha baixa, vil e mentirosa atacam o ex-ministro tucano. É como a carta que ela escreveu para FHC, cheia de elogios. Que a desmascarou diante de todo o Brasil nos últimos programas eleitorais.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Aécio tem 51%, e Dilma, 49%, diz Ibope

 

Pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (9), pela TV Globo, aponta o candidato tucano à Presidência, Aécio Neves, com 4% das intenções de voto. Dilma Rousseff (PT), tem 44%. Brancos, nulos e nenhum somam 6%, já os entrevistados que não souberam responder são 4%. 

A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S. Paulo". É o primeiro levantamento divulgado pelo instituto no segundo turno da eleição presidencial.


terça-feira, 7 de outubro de 2014

Pobre jornalismo brasileiro. Precisou um jornalista espanhol para dizer com precisão e leveza o que levou Aécio à vitória.


Em artigo publicado no El País, mais importante jornal espanhol, intitulado " O segredo da virada de Aécio Neves", Juan Arias escreve o que os jornalistas brasileiros sabem, mas têm medo de escrever, patrulhados pela esquerda nojenta que domina as redações. Leia abaixo. 

Aécio Neves não só foi a surpresa final deste primeiro turno das eleições presidenciais brasileiras como também sua vitória, maior do que a prevista em todas as pesquisas, deve-se a ele pessoalmente. Tratou-se quase de um fenômeno em termos de psicologia: sua capacidade de reação frente a uma derrota anunciada e de alguma forma já aceita até por seu partido.

Neves cresceu em vez de se apequenar quando o terremoto Marina Silva o esmagou de tal forma que ele foi inclusive aconselhado a desistir. Arregaçou as mangas e anunciou que seria o vencedor capaz de disputar um segundo turno contra a Presidenta candidata Dilma Rousseff, que era tudo o que o partido dela, o PT, não desejava.

Sua posição de terceiro na disputa, um candidato em quem ninguém apostava diante da força da ecologista Silva, o levou a reagir inclusive nos debates, que acabou vencendo.

Não sei se conscientemente ou não, o que garantiu a vitória a Neves foi o fato de ter aparecido em todas as suas manifestações exteriores, entrevistas e debates, como o mais brasileiro de todos os candidatos. Revelou isso de modo cristalino em sua despedida de um minuto e 40 segundos no último e mais importante dos debates televisivos, o da TV Globo, com 50 milhões de telespectadores.

Apesar de aparecer naquele momento como derrotado em todas as pesquisas, Aécio, ao contrário das suas duas adversárias principais, Rousseff e Silva, dirigiu-se à audiência com coração brasileiro, exalando confiança, ou seja, sem dureza, sem agressividade, agradecendo o carinho recebido em suas peregrinações pelo país, revelando sua vontade de prosseguir na disputa, e com a certeza da vitória.

Apresentou-se como candidato de todos os brasileiros, aos quais ofereceu certezas e capacidade de Governo, assim como a segurança de que possuía a receita para levantar o país da sua atual frustração. Emocionou-se e apelou à esperança hasteando a bandeira da mudança que a rua pedia. Foi naquela hora o único que acabou sendo aplaudido pela plateia presente.

Ex-senador e ex-governador do segundo Estado mais populoso do país, Minas Gerais, revelou em suas discussões com a candidata que liderava as pesquisas, Rousseff, sua capacidade dialética e uma forma firme, mas ao mesmo tempo brasileira, ou seja, não raivosa, de enfrentar suas adversárias políticas.

Aécio sempre foi criticado, quando na oposição, por não saber bater de frente com o governo. Atribuíam isso a esse espírito mineiro, mais propenso ao diálogo e aos acordos do que à guerra. Com esse espírito desarmado, enfrentou uma campanha levada a cabo sob o signo dos golpes baixos, sem se deter nem mesmo diante da mentira e das desqualificações pessoais.

Neves nunca caiu nessa armadilha e prosseguiu firme em seu esquema, convencido de que, apesar de ter sido quase selada sua derrota, ele continuava acreditando com fé firme em dar a volta por cima.Os votos reais, contrariamente ao que as pesquisas anunciavam até os levantamentos de boca de urna, o colocam a seis pontos da Dilma, muito pouco quando se pensa em como ele estava ao iniciar a aventura.

Dilma, que conseguiu menos votos do que na primeira vez em que foi escolhida, em 2010, agora enfrentará Neves, que aparece como surpresa ganhadora e que poderia contar a seu favor com até 60% dos votos da perdedora Marina.

Ele, que já foi surfista, lançou o slogan de que a “onda da razão” havia se erguido no mar da campanha, contra a onda do sentimento. Seu êxito consistiu em saber, com teimosia, querer ganhar. Também contribuiu para isso sua campanha propositiva e de esperança, as duas fibras do atual coração brasileiro: o afeto e ausência do medo e o sentimento dos brasileiros que, em junho de 2013, haviam começado a usar a razão para exigir um Brasil melhor, que é o que prometeu criar o candidato mineiro, prudente e ao mesmo tempo tenaz.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Pânico no PT: Aécio à frente de Dilma.


Integrantes do comitê da presidente Dilma Rousseff, candidata petista à reeleição, afirmam que já estão se preparando psicologicamente para um empate ou ultrapassagem de Aécio Neves (PSDB) nas primeiras pesquisas de intenção de voto deste segundo turno. O reconhecimento desse risco é simbólico. Até domingo (5), o partido enxergava o PSDB como "freguês" e não previa que o candidato tucano ameaçasse a presidente da República, muito menos nas primeiras pesquisas de intenção de voto. 

Petistas têm motivos de sobra para um certo fatalismo. O partido levou uma surra em São Paulo. Auxiliares de Dilma afirmam que, lá, dos atuais 24 deputados estaduais, somente 14 foram eleitos. Na Câmara Federal, da bancada de 15 passou para 10. Nem mesmo o senador Eduardo Suplicy, muito popular no Estado, foi reeleito. Mais um cenário do desafio que se tornou o maior colégio eleitoral do Brasil: o tucano venceu a petista em municípios do ABC paulista, berço do histórico do PT, caso de São Bernardo do Campo e São Caetano.

Assessores de Dilma culpam Luiz Marinho, coordenador da campanha no Estado e prefeito de São Bernardo do Campo, pelo mau desempenho na região. O tema que mais estimula o antipetismo no Estado, segundo os próprios integrantes do partido, é a corrupção. Ao saber do resultado nessas cidades, um coordenador da campanha de Dilma reagiu com um palavrão durante conversa telefônica com a Folha

Ainda não há estratégia fechada para melhorar o desempenho de Dilma em São Paulo.Coordenadores da campanha estão reunidos com a presidente no Palácio do Alvorada nesta segunda. Inicialmente, Dilma iria à Bahia nesta tarde, para ampliar a vantagem no nordeste, mas assessores afirmam que a viagem foi suspensa. Por ora, a única decisão já tomada é contratar "uma bela pesquisa qualitativa" para saber qual a verdadeira situação da presidente lá. Diante do cenário, um petista afirmou que "São Paulo virou case"; um outro foi mais duro: "São Paulo virou um terreno inóspito". 

1º TURNO
No primeiro turno, a presidente Dilma teve 41,59% dos votos válidos, seguida por Aécio (33,55%) e Marina (21,32%). A virada de Aécio na reta final para o primeiro turno surpreendeu e teve forte influência no maior colégio eleitoral do país. No Estado de São Paulo, com quase 32 milhões de eleitores (22,4% dos 142,8 milhões de eleitores), o senador Aécio Neves conquistou mais de 10 milhões de votos, cerca de 44,22% dos votantes. 

Considerado fora do jogo depois da morte de Eduardo Campos, que levou a ascensão de Marina Silva (PSB), o tucano ressurgiu das cinzas e garantiu na última hora a lógica da política brasileira desde 1994, com a polarização PT-PSDB, destaca a colunista da Folha Eliane Cantanhêde. No consolidado do país, o PT teve o pior desempenho do desde 2002, quando o ex-presidente Lula disputou à Presidência. Naquele ano, Lula teve 45,4% dos votos contra José Serra (PSDB). Quatro anos depois, Lula obteve 48,6% em disputa com Geraldo Alckmin (PSDB).(Folha de São Paulo)

sábado, 4 de outubro de 2014

AÉCIO EMPATA, BOLSA SOBE E DÓLAR CAI

 E tem gente bem informada que ainda duvida que ele é o melhor para o Brasil.


Dados mostrando melhoria do mercado de trabalho dos EUA divulgados nesta sexta (3) fizeram o dólar se valorizar ante a maior parte das moedas do mundo. Das 24 divisas mais importantes de países emergentes, 22 viram sua cotação cair diante da moeda norte-americana. Mas, no Brasil, a cotação da moeda, que chegou a alcançar R$ 2,50 ao longo do dia, perdeu força e acabou fechando em baixa. 

Na avaliação de analistas, o descolamento da moeda brasileira em relação às de outros emergentes foi motivado pelo cenário eleitoral. A possibilidade de um segundo turno com o candidato Aécio Neves também levou a Bolsa a subir pelo segundo dia seguido. 

O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou em alta de 1,91%, a 54.539 pontos. Na semana, porém, o índice caiu 4,67%. As ações preferenciais da Petrobras tiveram forte alta e encerraram o dia com alta de 6,07%. Na semana, caíram 12,37%. 

O dólar à vista, referência no mercado financeiro, encerrou o dia com queda de 0,45%, a R$ 2,473. Já o dólar comercial, usado no comércio exterior, caiu 1,12%, a R$ 2,464. Na semana, o dólar à vista acumulou alta de 2,13% e o comercial avançou 1,99%. 

Para André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, o mercado reagiu positivamente à perspectiva de um segundo turno eleitoral entre a presidente Dilma Rousseff (PT) e o candidato Aécio Neves (PSDB). Pesquisa Datafolha mostrou empate técnico entre Aécio e Marina Silva (PSB) na disputa pelo segundo lugar da corrida presidencial. 

No exterior, o dólar subiu com divulgação de que foram criadas 248 mil vagas de trabalho nos EUA em setembro, acima das 215 mil estimadas. O dado, avaliado pelo Fed (Banco Central dos EUA) ao elaborar sua política monetária, eleva a chance de os juros do país subirem antes do previsto, o que deixaria os títulos do Tesouro dos EUA, remunerados pela taxa e considerados de baixíssimo risco, mais atraentes que aplicações em emergentes. 

Tarcisio Rodrigues, diretor do Banco Paulista, diz que isso deve fazer o dólar subir mais em relação ao real nos próximos meses. "O patamar natural do dólar será de R$ 2,50 a R$ 2,60. A desvalorização do real é iminente pela deterioração econômica. Mas a volatilidade atual está muito ligada à eleição", afirma. O Banco Central vendeu contratos de swap (equivalentes a venda futura de dólares) e rolou contratos que expirariam no início de novembro no mesmo volume dos outros dois dias do mês. (Folha de São Paulo)

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Arrancada de Aécio frustra boa parte da imprensa.


Aécio dominou a batalha das redes sociais, com duas hashtags: #Aecio45Confirma e a engraçadíssima #AecioSambandonaDilma.

O empate técnico obtido ontem pela candidatura de Aécio Neves (PSDB) frustra em grande parte o colunismo político que fazia previsões funestas sobre o resultado das urnas. Aécio deu a volta por cima, a militância pela primeira vez está a postos (ontem o tucano venceu a batalha da internet, com o maior número de citações) e aos poucos, nesta reta final, até mesmo a máquina do partido começa a ajudar, o que não é normal no PSDB.
 
Ontem, ao final do debate na Globo, de onde saiu amplamente vitorioso, Aécio Neves demonstrou confiança na ida ao segundo turno, em entrevista coletiva após o debate da TV Globo, na noite desta quinta-feira. — As pesquisas apontam na possibilidade concreta e cada vez maior de estarmos no segundo turno. Curva da nossa candidatura é ascendente. Sempre acreditei na consistência da nossa proposta. Sou desde sempre oposição a tudo isso que vem acontecendo no Brasil nós últimos anos. As informações que tenho de tracking já mostram um empate numérico (entre ele e Marina).

Sem citar as principais adversárias, a presidente Dilma Rousseff (PT) e a candidata do PSB, Marina Silva, Aécio afirmou que representa "o melhor projeto para o Brasil". — Temos o melhor projeto para o Brasil. Não foi construído no improviso e nem significa a continuidade desse modelo que nos trouxe a mais perversa das heranças: crescimento pífio, recessão técnica na economia, inflação alta, perda de credibilidade e denúncias de corrupção que não cessam nunca. 

Ao ser questionado sobre "a possibilidade pequena" de ficar fora do segundo turno, Aécio brincou e lembrou as adversidades enfrentadas ao longo da campanha: — Essa possibilidade pequena a que você (repórter) se refere é música para os meus ouvidos, depois do que nós andamos passando por aí. Não penso em nova eleição, penso nessa eleição. (com informações de O Globo)

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Um bilhão de "santinhos" para a virada.


A campanha do candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, vai investir em duas frentes para tentar virar a eleição na reta final e conseguir ir para o segundo turno. No universo político, vai apresentar o tucano como o único candidato com força, equipe e estrutura para enfrentar a "pancadaria" do PT, na expressão de um aliado. Na TV e nas redes sociais, ele adotará um tom emocional para se aproximar do eleitorado, apresentando-se como alguém disposto a servir ao país, enquanto a presidente Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) travam uma batalha pessoal pelo poder. 

Pesquisa divulgada pelo Datafolha na terça-feira (30) mostrou que Aécio se aproximou de Marina, acirrando a disputa entre eles para tentar chegar ao segundo turno. Aécio aparece a uma distância de 5 pontos percentuais de Marina Silva, segunda colocada na disputa. A pessebista tem 25% das intenções de voto. O tucano, 20%. O resultado vai ao encontro do discurso que o presidenciável do PSDB vem usando nos últimos dias, de que uma "onda da razão" estaria chegando ao eleitorado. 

"A pesquisa consolidou a minha convicção de que a briga no segundo turno vai ser conosco", disse o vice de Aécio, senador Aloysio Nunes (PSDB). "Os eleitores estão vendo que Marina será tratorada pelo PT. Quem aguenta a pancadaria, quem tem estrutura para a disputa e para derrotar a Dilma somos nós." 

A ideia de que os tucanos é que têm "força política" e "preparo" para enfrentar os petistas no segundo turno será mesclada com um apelo mais emocional ao eleitor. No vídeo produzido para divulgar o plano de governo do candidato na internet, por exemplo, os tucanos exibem imagens de várias pessoas para anunciar que "o programa de governo do Aécio é você". 

Na TV, a estratégia será, além de divulgar o crescimento do tucano nas pesquisas, aprofundar o discurso de que Dilma e Marina travam uma disputa pessoal e abandonaram os interesses do eleitor. "Enquanto Dilma e Marina só brigam entre elas, você está sozinha brigando contra a inflação, a péssima saúde e pela educação dos seus filhos", diz Aécio, dirigindo-se às mulheres, em anúncio que deve ir ao ar na quarta (1º). O tucano conclui dizendo estar "pronto para ser o presidente que vai ajudar a melhorar de verdade a sua vida". 

EMBALO
Aécio deve dedicar mais tempo nos próximos quatro dias a São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, os maiores colégios eleitorais do país. Seus principais aliados calculam que, além do embalo obtido com o resultado das últimas pesquisas, a estrutura montada pelo partido ajudará Aécio a ampliar seu percentual de votos nas urnas. Os tucanos mandaram imprimir um bilhão de santinhos para distribuir na véspera da eleição. A aposta é que Aécio levará vantagem sobre Marina com a exposição de seu número na boca de urna, o que alimenta a expectativa de uma virada.(Folha de São Paulo)

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Primeira pesquisa da semana decisiva favorece Aécio.

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A primeira pesquisa eleitoral da semana final do primeiro turno mostrou que a presidente Dilma Rousseff (PT) continua avançando, alicerçada na recuperação da imagem de seu governo. O percentual de votos da oposição está estável, com um processo de transferência de votos de Marina Silva (PSB) para Aécio Neves (PSDB).

De acordo com a pesquisa da empresa MDA, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), um segundo turno entre Dilma e Marina ainda é o cenário mais provável: a presidente conta com 40,4%, ou 4,4 pontos percentuais a mais que na semana passada; e a candidata do PSB ficou com 25,2%, uma nova queda de 2,2 pontos percentuais. Mas caso a eleição de 5 de outubro surpreenda, a pesquisa indica que Aécio está mais perto de substituir Marina como o adversário da presidente, do que Dilma de liquidar a disputa já no primeiro turno.

Para vencer no próximo domingo, segundo a pesquisa, a presidente teria que subir sete pontos percentuais além dos 40,4% que obteve nesta sondagem, o que significaria dobrar a velocidade de sua ascensão nos últimos dias. A soma de seus adversários, que era de 47,5%, agora é 47,3%. Entre os nanicos, a candidatura mais expressiva é a de Luciana Genro (P-SOL), que obteve 1,2%.

Para ultrapassar Marina Silva, o tucano Aécio Neves precisaria ganhar apenas três pontos percentuais, desde que a candidata do PSB continue perdendo votos na mesma proporção. Isso já ocorreu na última semana: Marina recuou de 27,4% para 25,2% e Aécio subiu de 17,6% para 19,8%. A diferença entre ambos caiu de dez para cinco pontos.

No pesquisa, Aécio já lidera a corrida presidencial em um cruzamento, o dos eleitores com educação de nível superior. Neste segmento, que representa cerca de um sexto do eleitorado, Aécio está com 29,6%; Marina com 28,7% e Dilma com 24,5%. Luciana Genro obteve 3,6%.

Uma possível ida de Aécio para o segundo turno seria outra boa notícia para Dilma. O senador mineiro continua demonstrando dificuldade em reunir em torno de si o voto antipetista. Dos 47,3% que votam contra Dilma no primeiro turno, apenas 36,7% ficam com Aécio na segunda disputa. Já Marina, em queda livre, ainda consegue um pouco mais: 38,7%. Dilma ganha com doze pontos percentuais de diferença em relação a Aécio e com nove pontos percentuais de abertura para Marina, com quem estava empatada no segundo turno até semana passada.

Horas depois da publicação da pesquisa da MDA, a TV Record divulgou nova pesquisa do Instituto Vox Populi. De acordo com o levantamento, Dilma também está com 40% dos votos, ante 24% de Marina e 18% de Aécio Neves. Considerando a soma dos demais candidatos, Dilma estaria a apenas quatro pontos percentuais de uma vitória no primeiro turno. (Valor Econômico)

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Aécio vence o debate e cola em Dilma a culpa pela corrupção na Petrobras.


O senador tucano Aécio Neves disse, no debate da TV Record neste domingo (28), que falta à presidente Dilma Rousseff (PT) manifestar indignação diante das denúncias de corrupção na Petrobras. "É vergonhoso, eu expresso aqui a indignação de milhões de brasileiros. As denúncias não cessam", atacou o candidato do PSDB. "Não há um sentimento de indignação, não vejo em momento algum a senhora dizendo 'não é possível que fizeram isso nas minhas barbas sem eu saber o que estava acontecendo'. Não, candidata, essa indignação está faltando", completou.

Suspeitas sobre superfaturamento na compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, e na construção de Abreu e Lima, em Pernambuco, motivaram a criação de CPI no Congresso sobre a estatal. Dilma presidiu o conselho de administração da empresa no governo Lula. Além disso, operação deflagrada em março pela Polícia Federal descobriu um esquema de desvio de dinheiro na estatal que envolveu o ex-diretor Paulo Roberto Costa, doleiros, políticos e fornecedores da empresa. 

"Candidato, eu combato a corrupção para fortalecer a Petrobras. Tem gente que combate para usar as denúncias de corrupção para enfraquecer a Petrobras", rebateu a presidente.

Segundo tucanos, Aécio procurou centrar os ataques a Dilma durante o debate como estratégia para manter a seu lado eleitores antipetistas que o trocaram por Marina Silva (PSB) nas últimas semanas.A Petrobras foi trazida ao debate pela própria Dilma, que relembrou discurso proferido na Câmara por Aécio em 1997 no qual ele declarou que "pode ser que chegue o momento de discutirmos a privatização da Petrobras". Ela então perguntou que privatizações estariam "no radar" do tucano, caso eleito. 

"Nós não vamos privatizá-la [a Petrobras], inclusive, um projeto de lei que proíbe a sua privatização é de autoria do PSDB, mas eu vou reestatizá-la, vou tirá-las das mãos desse grupo político que tomou conta dessa empresa e está fazendo aquilo que nenhum brasileiro poderia imaginar, negócios há 12 anos", respondeu o tucano, aproveitando então para falar de denúncias de corrupção envolvendo a estatal. 

Nas eleições de 2006, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi reeleito, o PT tentou colar no então candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, a pecha de privatista. O tucano passou boa parte da campanha tentando garantir que, se eleito, não privatizaria a Petrobras nem bancos públicos como o Banco do Brasil.

As denúncias sobre a Petrobras motivaram pedido de resposta de Dilma durante o debate. A petista aproveitou o tempo concedido para dizer que foi ela quem demitiu o ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso por sua ligação com um bilionário esquema de lavagem de dinheiro. Em acordo de delação premiada protegido por segredo de Justiça, ele acusou políticos e empresários de participação em esquemas de desvios envolvendo a Petrobras. "Quero deixar claro que quem demitiu o Paulo Roberto fui eu e que a Polícia Federal, no meu governo, apurou esses malfeitos e ilícitos", disse a presidente. Aécio rebateu com ironia, afirmando que a Polícia Federal é um órgão de estado e quem investiga quem quiser e não quem a presidente manda. ( Informações Folha de São Paulo)

Do Blog do Noblat 

Cito de memória:

- Não é possível que a senhora não tenha ainda pedido desculpas pela corrupção na Petrobras – provocou Aécio Neves (PSDB), a certa altura do debate entre os candidatos a presidente da República promovido, ontem à noite, pela Rede Record de Televisão.

Dilma (PT) olhou para Aécio de cara feia. Antes que ela respondesse, Aécio voltou a provocar:
- Não há um sentimento de indignação, não vejo em momento algum a senhora dizendo 'não é possível que fizeram isso nas minhas barbas sem eu saber o que estava acontecendo'. Não, candidata, essa indignação está faltando.

Aí Dilma não se conteve:
- Fui eu que autorizei a Polícia Federal a prender Paulo Roberto Costa [ex-diretor de Abastecimento da Petrobras] e os doleiros [um deles Alberto Youssef.

- Não é a senhora que manda a Polícia Federal prender. A Constituição garante a autonomia da Polícia Federal – devolveu Aécio. Foi o melhor momento do debate. E o pior momento de Dilma, que mentiu. A Polícia Federal atuou sem o seu conhecimento
 
Teve outro momento também muito ruim para Dilma. Novamente foi quando Aécio a criticou – dessa vez por ter ido à sede da ONU em Nova Iorque fazer a apologia do seu governo. - A senhora sugeriu lá que se negociasse com cortadores de gargantas [terroristas do Estado Islâmico que degolam prisioneiros e estrupam mulheres].
 
Dilma pareceu surpresa com o comentário. As regras do debate permitiram que os candidatos trocassem disparos e exibissem seus pontos fortes e fracos.
 
Recomenda-se a Dilma e a seus correligionários que façam tudo para que a eleição termine no próximo domingo. Porque se não terminar ela correrá o risco de a passar por novos apertos. Os candidatos que se enfrentarem num eventual segundo turno debaterão entre si pelo menos meia dúzia de vezes. Debate não é a praia de Dilma. Não é mesmo.

Marina derrete e Aécio cresce.


O fim de semana que antecede o primeiro turno da sucessão presidencial foi de enorme agitação nos comandos de campanha dos três principais candidatos. E a razão para a tensão não foi a agenda intensa. O que pautou toda a movimentação política das últimas 48 horas foram os números de enquetes eleitorais feitas diariamente pelos partidos. Os dados colhidos mostram a efetiva possibilidade de uma virada na reta final da campanha.

Como já antecipava a pesquisa ISTOÉ\Sensus divulgada na noite da sexta-feira 26, a candidata Marina Silva (PSB) vem registrando uma enorme perda de votos, que começou em cidades de médio porte e já chega aos grandes centros. Em direção inversa, o tucano Aécio Neves apresenta crescimento constante e sustentável.

Segundo o levantamento ISTOÉ\Sensus, os dois já estavam tecnicamente empatados na sexta-feira; Mariana com 25% das intenções de voto e Aécio com 20,7%. No final de semana esse quadro foi confirmado. Levantamento feito ontem pelo comando da campanha de Dilma Rousseff mostra a presidenta com 38%, Marina com 23% e Aécio com 19%. No QG dos tucanos os números levantados no final de semana apontam no mesmo sentido. Pelos dados colhidos pelo PSDB, Dilma tem 37%, Marina 24% e Aécio 20%.

Entre os petistas os números são vistos como um alerta. Durante a tarde, a presidenta se preparava para a participação no debate na TV Record, mas chegou a interromper a programação para tratar dos novos números. Os petistas, que já têm um projeto todo pronto para o enfrentamento do segundo turno com Marina, começaram a acionar o plano B. A maior parte dos líderes do PT e de partidos aliados acredita que se a virada de Aécio se concretizar o senador mineiro será mais difícil de ser abatido do que a candidata do PSB.

“Marina já entraria no segundo turno praticamente derrotada. Suas contradições são tão gritantes que seria difícil até mesmo para boa parte do PSDB fazer um apoio formal”, afirmou um membro da executiva nacional do PT. Para os tucanos, os novos números são traduzidos como o êxito de uma estratégia que está dando resultados: a maior exposição do candidato nas capitais onde o partido está colhendo bons resultados, principalmente em São Paulo.

No comando da campanha da Marina a temperatura está bem acima da média. Nunca os membros do PSB e os da Rede (o partido que Marina não conseguiu criar) estiveram tão divididos. E ambos além de trocarem farpas cada vez mais públicas acabam responsabilizando uns aos outros pela enorme perda de votos.

sábado, 27 de setembro de 2014

Segundo a Veja, campanha da Dilma foi paga com dinheiro sujo da Petrobras em 2010.


Há três semanas, VEJA revelou que o ex-diretor da Petrobras havia dado às autoridades o nome de mais de trinta políticos beneficiários do esquema de corrupção. A lista, àquela altura, já incluía algumas das mais altas autoridades do país e integrantes dos partidos da base de apoio do governo do PT. Ficou delineada a existência de um propinoduto cujo objetivo, ao fim e ao cabo, era manter firme a adesão dos partidos de sustentação ao governo. 

O esquema foi logo apelidado de “petrolão”, o irmão mais robusto mas menos conhecido do mensalão, dessa vez financiado por propinas cobradas de empresas com negócios com a Petrobras. À medida que avançava nos depoimentos, Paulo Roberto ia dando mais detalhes sobre o funcionamento do esquema e as utilidades diversas do dinheiro que dele jorrava. Era tudo tão bizarro, audacioso, inescrupuloso e surpreendente mesmo para os padrões da corrupção no mundo oficial brasileiro, que alguém comparou o esquema a um “elefante-voador” — algo pesadamente inacreditável, mas cuja silhueta estava lá bem visível nos céus de Brasília.

A reportagem de VEJA estampada na capa da edição de 10 de setembro passado revelou a mais nítida imagem do bicho. Ninguém contestou as informações. Agora, surge mais um “elefante-voador” originário do mesmo ninho do anterior. Paulo Roberto Costa contou às autoridades que, em 2010, foi procurado por Antonio Palocci, então coordenador da campanha da presidente Dilma Rousseff. 

O ex-diretor relatou ter recebido o pedido de pelo menos 2 milhões de reais para a campanha presidencial do PT. A conversa, segundo o ele, se deu antes do primeiro turno das eleições. Antonio Palocci conhecia bem os meandros da estatal. Como ministro da Fazenda, havia integrado seu conselho de administração. Era de casa, portanto, e como tal tinha acesso aos principais dirigentes da companhia.Aos investigadores, Paulo Roberto Costa contou que a contribuição que o ex-ministro pediu para a campanha de Dilma sairia da “cota do PP” na Petrobras.

Quando as autoridades quiseram saber se o dinheiro chegou ao caixa de campanha de Dilma em 2010, Paulo Roberto limitou-se a dizer que acionou o doleiro Youssef para providenciar a “ajuda”. Pelo trecho da delação a que VEJA teve acesso, Paulo Roberto Costa diz não poder ter certeza de que Youssef deu o dinheiro pedido pela campanha de Dilma, mas que “aparentemente” isso ocorreu, pois Antônio Palocci não voltou a procurá-lo.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Ex-delegado da PF diz que Dilma não tem mérito nenhum pela atuação do órgão. Muito antes pelo contrário.

  
Diretor da Interpol no Brasil entre 2007 a 2009, o delegado aposentado da Polícia Federal Jorge Barbosa Pontes acusou o Ministério da Justiça de interferir indevidamente nas operações de investigação da PF. Pontes disse ter ouvido de colegas que a PF vive a pior crise da história e que há uma exploração política do trabalho do órgão por parte da campanha de Dilma. 

Pontes era adido militar na França e chefiava o escritório da PF em Paris. Ele retornou ao Brasil em 2012 e, segundo diz, decidiu se aposentar em protesto contra a ingerência do ministério no trabalho dos policiais. — Quando voltei da França, percebi que a PF não era mais a mesma. Resolvi me aposentar quase como num rompante. Digo brincando aos meus colegas que minha aposentadoria foi de protesto — afirmou Pontes, que publicou artigo ontem no GLOBO com críticas ao ministério. 

Para o delegado, as operações da PF só vão adiante graças a dedicação de colegas. Pontes critica o fato de o ministério dar a palavra final sobre a concessão de diárias para servidores em missões. Ele afirmou que um decreto de 2012 impôs essa prévia autorização e que, assim, as operações são indiretamente monitoradas: — Acho que essa desconstrução, esse apequenamento que sofremos, foi de cabeça pensada. Entre 2004 e 2007, alcançamos andares da criminalidade de uma forma que não estava sendo esperada. Atingimos o coração do crime institucionalizado que tomou conta do país.

O delegado aposentado Jorge Pontes criticou o uso político da instituição na campanha. — Isso causa um desconforto aos policiais federais. Nós somos do Estado brasileiro. Não gostamos de ver nenhum candidato se vangloriando de algo sobre o qual não guarda mérito algum — disse o delegado aposentado. ( O Globo )

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Caos elétrico: técnicos da Aneel detonam Dilma.


Um documento elaborado pelos servidores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) usa palavras como "desordem" e "soluções heterodoxas" para descrever a gestão do atual governo no setor elétrico. Em tom bastante crítico, o relatório fala ainda em "ausência de previsibilidade" e "regras instáveis ou ambíguas" como fatores que já podem estar travando investimentos privados.

As expressões constam de documento, obtido pelo Valor, que serviu de base para a formulação de 19 propostas encaminhadas pela Associação dos Servidores da Aneel às campanhas dos principais candidatos à Presidência da República. O parecer que subsidia as propostas evidencia a preocupação da base técnica da agência - especialistas em regulação e analistas administrativos - com os rumos tomados pelo setor. Não expressa a visão de diretores ou superintendentes, mas demonstra o incômodo de gente que lida com processos do dia a dia da Aneel, como ações de fiscalização e revisões tarifárias.

Após uma descrição minuciosa da evolução de leis e regulamentos que balizaram o setor elétrico no século passado, o documento entra na análise de mudanças implementadas a partir de 2003, quando a presidente Dilma Rousseff passou a comandar o Ministério de Minas e Energia. "Várias medidas desde então implementadas na condução do setor nos levam, em significativa medida, ao passado", afirma o relatório.

A primeira crítica é direcionada aos "atos normativos excepcionais" que têm sido adotados, em detrimento de propostas com trâmite legislativo, para mudar regras. "A mais alta esfera do Poder Executivo sucumbe ao impulso de avocar competências e controlar instituições", diz o texto. Na continuação, ressalta que os investimentos ficam comprometidos quando essas mudanças são feitas "sem discussão aprofundada ou com foco no curto prazo".

Um dos alvos é a MP 579, depois transformada na Lei 12.783, que permitiu a renovação das concessões de usinas hidrelétricas e linhas de transmissão. O pacote, lançado em setembro de 2012, viabilizou a redução média de 20% nas contas de luz. Duas críticas relacionadas à medida provisória aparecem no documento. Uma diz respeito à alternativa de prorrogar as concessões em vez de fazer licitação pelo maior lance. Se esse caminho tivesse sido escolhido, os recursos obtidos nos leilões poderiam ser direcionados ao abatimento de encargos por consumidores, em uma metodologia que os técnicos citam como "mais equitativa".

A outra crítica tem como alvo a indefinição em torno das concessões de quatro dezenas de distribuidoras que expiram em 2015. Apesar da proximidade do vencimento, o governo nunca deixou claro quais são seus planos. "Absolutamente nenhum critério foi discutido ou sequer sinalizado para o mercado. Assim, é razoável inferir que, face à imprevisibilidade, pode haver significativos represamentos dos investimentos pelos concessionários atuais."

A MP 579 não é o único ato governamental mencionado no documento. Em março de 2013, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) editou a resolução 3, que determinava o rateio transitório de custos adicionais do setor elétrico entre consumidores, geradores e comercializadores. "O resultado, até junho de 2014, era 56 ações judiciais, das quais 54 com decisões liminares em vigor sustando parcialmente seus efeitos", diz o texto.

Também não foi poupada pelos técnicos da Aneel a decisão do governo de evitar revisões extraordinárias de tarifas por causa do acionamento intensivo das usinas térmicas e da descontratação de energia pelas distribuidoras. "Optou-se por efetivar soluções heterodoxas em que são aportados recursos do Tesouro, emitidos títulos da dívida pública mobiliária federal e vultosas operações de mútuo realizadas pela CCEE, associação civil que não possui renda ou patrimônio."(Valor Econômico)

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

PT já ouve sirenas da polícia e o tilintar das algemas: doleiro aceita delação premiada.


Com a perspectiva de ser condenado a mais de cem anos de prisão nas 12 ações penais em que é réu, o doleiro Alberto Youssef, preso em 17 de março na Operação Lava Jato da Polícia Federal, decidiu negociar um acordo de delação premiada para tentar abrandar sua situação na Justiça. 

Até agora, no entanto, ele não assinou nenhum acordo nem prestou depoimento. A Folha apurou que, se quiser levar adiante uma eventual delação, terá de ficar três anos em regime fechado. A informação da negociação foi revelada pelaFolha. O advogado do doleiro junto ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), Antônio Carlos de Almeida Castro, lamentou a decisão. 

"A família convenceu-o a fazer uma delação. É uma pena, temos uma tese jurídica que era importante no STJ. A família cansou e estou saindo do caso", diz o criminalista, conhecido como Kakay. Na última semana, Kakay e Figueiredo Bastos, que também defende Youssef, ingressaram com um pedido de habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça) no qual pedem a anulação de todas as provas da Lava Jato, por considera-las ilícitas, e o afastamento do juiz do caso. 

Segundo eles, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo caso, havia se declarado suspeito em 2010 para julgar uma questão relacionada a Youssef e à delação que ele fez em 2004. Para a defesa de Youssef, o juiz não poderia ter atuado na Lava Jato. 

Para Kakay, o Ministério Público exigirá que o doleiro desista das teses de defesa para fazer a delação, assim como ocorreu com Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras."Isso é um escândalo. É uma forma de subverter as teses processuais", afirma. Diferentemente de Kakay, que anunciou que deixará o caso, Bastos diz que ainda não decidiu o que fazer. Ele poderá acompanhar a negociação da delação, mas diz que não quer saber os nomes que Youssef pode implicar. 

Além da pressão familiar, pesou sobre o doleiro a delação premiada acertada pelo ex-diretor da estatal de petróleo, que ainda depende de aprovação do STF (Supremo Tribunal Federal). A Lava Jato é a operação que desvendou uma milionária rede de desvio de recursos da Petrobras, que envolve ex-executivos da petroleira, políticos e empresários. 

DEPOIMENTOS
Costa já prestou depoimentos sigilosos em que citou políticos que segundo ele estavam envolvidos no esquema, além de apontar que a corrupção atingia outras diretorias da Petrobras --com indicados ligados ao PT e ao PMDB no topo da lista de suspeitos. Youssef era o principal doleiro do esquema, que teria movimentado R$ 10 bilhões. Segundo a PF, ele era o responsável por lavar o dinheiro do desvio no exterior e repatriá-lo para o pagamento de propinas.

Youssef já foi beneficiado em 2004 com o instituto da delação premiada, depois de ter sido preso sob a acusação de ter enviado US$ 5 bilhões ao exterior. Na época, o doleiro entregou políticos de terceiro escalão do Paraná, pagou uma multa de cerca de R$ 1 milhão e conseguiu deixar a prisão com US$ 23 milhões. Como Youssef voltou ao mercado de dólar, o juiz reabriu oito ações penais daquela época. Numa delas, na semana passada, ele foi condenado a quatro anos de prisão.(Folha de São Paulo)