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terça-feira, 30 de setembro de 2014

Primeira pesquisa da semana decisiva favorece Aécio.

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A primeira pesquisa eleitoral da semana final do primeiro turno mostrou que a presidente Dilma Rousseff (PT) continua avançando, alicerçada na recuperação da imagem de seu governo. O percentual de votos da oposição está estável, com um processo de transferência de votos de Marina Silva (PSB) para Aécio Neves (PSDB).

De acordo com a pesquisa da empresa MDA, encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), um segundo turno entre Dilma e Marina ainda é o cenário mais provável: a presidente conta com 40,4%, ou 4,4 pontos percentuais a mais que na semana passada; e a candidata do PSB ficou com 25,2%, uma nova queda de 2,2 pontos percentuais. Mas caso a eleição de 5 de outubro surpreenda, a pesquisa indica que Aécio está mais perto de substituir Marina como o adversário da presidente, do que Dilma de liquidar a disputa já no primeiro turno.

Para vencer no próximo domingo, segundo a pesquisa, a presidente teria que subir sete pontos percentuais além dos 40,4% que obteve nesta sondagem, o que significaria dobrar a velocidade de sua ascensão nos últimos dias. A soma de seus adversários, que era de 47,5%, agora é 47,3%. Entre os nanicos, a candidatura mais expressiva é a de Luciana Genro (P-SOL), que obteve 1,2%.

Para ultrapassar Marina Silva, o tucano Aécio Neves precisaria ganhar apenas três pontos percentuais, desde que a candidata do PSB continue perdendo votos na mesma proporção. Isso já ocorreu na última semana: Marina recuou de 27,4% para 25,2% e Aécio subiu de 17,6% para 19,8%. A diferença entre ambos caiu de dez para cinco pontos.

No pesquisa, Aécio já lidera a corrida presidencial em um cruzamento, o dos eleitores com educação de nível superior. Neste segmento, que representa cerca de um sexto do eleitorado, Aécio está com 29,6%; Marina com 28,7% e Dilma com 24,5%. Luciana Genro obteve 3,6%.

Uma possível ida de Aécio para o segundo turno seria outra boa notícia para Dilma. O senador mineiro continua demonstrando dificuldade em reunir em torno de si o voto antipetista. Dos 47,3% que votam contra Dilma no primeiro turno, apenas 36,7% ficam com Aécio na segunda disputa. Já Marina, em queda livre, ainda consegue um pouco mais: 38,7%. Dilma ganha com doze pontos percentuais de diferença em relação a Aécio e com nove pontos percentuais de abertura para Marina, com quem estava empatada no segundo turno até semana passada.

Horas depois da publicação da pesquisa da MDA, a TV Record divulgou nova pesquisa do Instituto Vox Populi. De acordo com o levantamento, Dilma também está com 40% dos votos, ante 24% de Marina e 18% de Aécio Neves. Considerando a soma dos demais candidatos, Dilma estaria a apenas quatro pontos percentuais de uma vitória no primeiro turno. (Valor Econômico)

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Aécio vence o debate e cola em Dilma a culpa pela corrupção na Petrobras.


O senador tucano Aécio Neves disse, no debate da TV Record neste domingo (28), que falta à presidente Dilma Rousseff (PT) manifestar indignação diante das denúncias de corrupção na Petrobras. "É vergonhoso, eu expresso aqui a indignação de milhões de brasileiros. As denúncias não cessam", atacou o candidato do PSDB. "Não há um sentimento de indignação, não vejo em momento algum a senhora dizendo 'não é possível que fizeram isso nas minhas barbas sem eu saber o que estava acontecendo'. Não, candidata, essa indignação está faltando", completou.

Suspeitas sobre superfaturamento na compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, e na construção de Abreu e Lima, em Pernambuco, motivaram a criação de CPI no Congresso sobre a estatal. Dilma presidiu o conselho de administração da empresa no governo Lula. Além disso, operação deflagrada em março pela Polícia Federal descobriu um esquema de desvio de dinheiro na estatal que envolveu o ex-diretor Paulo Roberto Costa, doleiros, políticos e fornecedores da empresa. 

"Candidato, eu combato a corrupção para fortalecer a Petrobras. Tem gente que combate para usar as denúncias de corrupção para enfraquecer a Petrobras", rebateu a presidente.

Segundo tucanos, Aécio procurou centrar os ataques a Dilma durante o debate como estratégia para manter a seu lado eleitores antipetistas que o trocaram por Marina Silva (PSB) nas últimas semanas.A Petrobras foi trazida ao debate pela própria Dilma, que relembrou discurso proferido na Câmara por Aécio em 1997 no qual ele declarou que "pode ser que chegue o momento de discutirmos a privatização da Petrobras". Ela então perguntou que privatizações estariam "no radar" do tucano, caso eleito. 

"Nós não vamos privatizá-la [a Petrobras], inclusive, um projeto de lei que proíbe a sua privatização é de autoria do PSDB, mas eu vou reestatizá-la, vou tirá-las das mãos desse grupo político que tomou conta dessa empresa e está fazendo aquilo que nenhum brasileiro poderia imaginar, negócios há 12 anos", respondeu o tucano, aproveitando então para falar de denúncias de corrupção envolvendo a estatal. 

Nas eleições de 2006, quando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi reeleito, o PT tentou colar no então candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, a pecha de privatista. O tucano passou boa parte da campanha tentando garantir que, se eleito, não privatizaria a Petrobras nem bancos públicos como o Banco do Brasil.

As denúncias sobre a Petrobras motivaram pedido de resposta de Dilma durante o debate. A petista aproveitou o tempo concedido para dizer que foi ela quem demitiu o ex-diretor Paulo Roberto Costa, preso por sua ligação com um bilionário esquema de lavagem de dinheiro. Em acordo de delação premiada protegido por segredo de Justiça, ele acusou políticos e empresários de participação em esquemas de desvios envolvendo a Petrobras. "Quero deixar claro que quem demitiu o Paulo Roberto fui eu e que a Polícia Federal, no meu governo, apurou esses malfeitos e ilícitos", disse a presidente. Aécio rebateu com ironia, afirmando que a Polícia Federal é um órgão de estado e quem investiga quem quiser e não quem a presidente manda. ( Informações Folha de São Paulo)

Do Blog do Noblat 

Cito de memória:

- Não é possível que a senhora não tenha ainda pedido desculpas pela corrupção na Petrobras – provocou Aécio Neves (PSDB), a certa altura do debate entre os candidatos a presidente da República promovido, ontem à noite, pela Rede Record de Televisão.

Dilma (PT) olhou para Aécio de cara feia. Antes que ela respondesse, Aécio voltou a provocar:
- Não há um sentimento de indignação, não vejo em momento algum a senhora dizendo 'não é possível que fizeram isso nas minhas barbas sem eu saber o que estava acontecendo'. Não, candidata, essa indignação está faltando.

Aí Dilma não se conteve:
- Fui eu que autorizei a Polícia Federal a prender Paulo Roberto Costa [ex-diretor de Abastecimento da Petrobras] e os doleiros [um deles Alberto Youssef.

- Não é a senhora que manda a Polícia Federal prender. A Constituição garante a autonomia da Polícia Federal – devolveu Aécio. Foi o melhor momento do debate. E o pior momento de Dilma, que mentiu. A Polícia Federal atuou sem o seu conhecimento
 
Teve outro momento também muito ruim para Dilma. Novamente foi quando Aécio a criticou – dessa vez por ter ido à sede da ONU em Nova Iorque fazer a apologia do seu governo. - A senhora sugeriu lá que se negociasse com cortadores de gargantas [terroristas do Estado Islâmico que degolam prisioneiros e estrupam mulheres].
 
Dilma pareceu surpresa com o comentário. As regras do debate permitiram que os candidatos trocassem disparos e exibissem seus pontos fortes e fracos.
 
Recomenda-se a Dilma e a seus correligionários que façam tudo para que a eleição termine no próximo domingo. Porque se não terminar ela correrá o risco de a passar por novos apertos. Os candidatos que se enfrentarem num eventual segundo turno debaterão entre si pelo menos meia dúzia de vezes. Debate não é a praia de Dilma. Não é mesmo.

Marina derrete e Aécio cresce.


O fim de semana que antecede o primeiro turno da sucessão presidencial foi de enorme agitação nos comandos de campanha dos três principais candidatos. E a razão para a tensão não foi a agenda intensa. O que pautou toda a movimentação política das últimas 48 horas foram os números de enquetes eleitorais feitas diariamente pelos partidos. Os dados colhidos mostram a efetiva possibilidade de uma virada na reta final da campanha.

Como já antecipava a pesquisa ISTOÉ\Sensus divulgada na noite da sexta-feira 26, a candidata Marina Silva (PSB) vem registrando uma enorme perda de votos, que começou em cidades de médio porte e já chega aos grandes centros. Em direção inversa, o tucano Aécio Neves apresenta crescimento constante e sustentável.

Segundo o levantamento ISTOÉ\Sensus, os dois já estavam tecnicamente empatados na sexta-feira; Mariana com 25% das intenções de voto e Aécio com 20,7%. No final de semana esse quadro foi confirmado. Levantamento feito ontem pelo comando da campanha de Dilma Rousseff mostra a presidenta com 38%, Marina com 23% e Aécio com 19%. No QG dos tucanos os números levantados no final de semana apontam no mesmo sentido. Pelos dados colhidos pelo PSDB, Dilma tem 37%, Marina 24% e Aécio 20%.

Entre os petistas os números são vistos como um alerta. Durante a tarde, a presidenta se preparava para a participação no debate na TV Record, mas chegou a interromper a programação para tratar dos novos números. Os petistas, que já têm um projeto todo pronto para o enfrentamento do segundo turno com Marina, começaram a acionar o plano B. A maior parte dos líderes do PT e de partidos aliados acredita que se a virada de Aécio se concretizar o senador mineiro será mais difícil de ser abatido do que a candidata do PSB.

“Marina já entraria no segundo turno praticamente derrotada. Suas contradições são tão gritantes que seria difícil até mesmo para boa parte do PSDB fazer um apoio formal”, afirmou um membro da executiva nacional do PT. Para os tucanos, os novos números são traduzidos como o êxito de uma estratégia que está dando resultados: a maior exposição do candidato nas capitais onde o partido está colhendo bons resultados, principalmente em São Paulo.

No comando da campanha da Marina a temperatura está bem acima da média. Nunca os membros do PSB e os da Rede (o partido que Marina não conseguiu criar) estiveram tão divididos. E ambos além de trocarem farpas cada vez mais públicas acabam responsabilizando uns aos outros pela enorme perda de votos.

sábado, 27 de setembro de 2014

Segundo a Veja, campanha da Dilma foi paga com dinheiro sujo da Petrobras em 2010.


Há três semanas, VEJA revelou que o ex-diretor da Petrobras havia dado às autoridades o nome de mais de trinta políticos beneficiários do esquema de corrupção. A lista, àquela altura, já incluía algumas das mais altas autoridades do país e integrantes dos partidos da base de apoio do governo do PT. Ficou delineada a existência de um propinoduto cujo objetivo, ao fim e ao cabo, era manter firme a adesão dos partidos de sustentação ao governo. 

O esquema foi logo apelidado de “petrolão”, o irmão mais robusto mas menos conhecido do mensalão, dessa vez financiado por propinas cobradas de empresas com negócios com a Petrobras. À medida que avançava nos depoimentos, Paulo Roberto ia dando mais detalhes sobre o funcionamento do esquema e as utilidades diversas do dinheiro que dele jorrava. Era tudo tão bizarro, audacioso, inescrupuloso e surpreendente mesmo para os padrões da corrupção no mundo oficial brasileiro, que alguém comparou o esquema a um “elefante-voador” — algo pesadamente inacreditável, mas cuja silhueta estava lá bem visível nos céus de Brasília.

A reportagem de VEJA estampada na capa da edição de 10 de setembro passado revelou a mais nítida imagem do bicho. Ninguém contestou as informações. Agora, surge mais um “elefante-voador” originário do mesmo ninho do anterior. Paulo Roberto Costa contou às autoridades que, em 2010, foi procurado por Antonio Palocci, então coordenador da campanha da presidente Dilma Rousseff. 

O ex-diretor relatou ter recebido o pedido de pelo menos 2 milhões de reais para a campanha presidencial do PT. A conversa, segundo o ele, se deu antes do primeiro turno das eleições. Antonio Palocci conhecia bem os meandros da estatal. Como ministro da Fazenda, havia integrado seu conselho de administração. Era de casa, portanto, e como tal tinha acesso aos principais dirigentes da companhia.Aos investigadores, Paulo Roberto Costa contou que a contribuição que o ex-ministro pediu para a campanha de Dilma sairia da “cota do PP” na Petrobras.

Quando as autoridades quiseram saber se o dinheiro chegou ao caixa de campanha de Dilma em 2010, Paulo Roberto limitou-se a dizer que acionou o doleiro Youssef para providenciar a “ajuda”. Pelo trecho da delação a que VEJA teve acesso, Paulo Roberto Costa diz não poder ter certeza de que Youssef deu o dinheiro pedido pela campanha de Dilma, mas que “aparentemente” isso ocorreu, pois Antônio Palocci não voltou a procurá-lo.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Ex-delegado da PF diz que Dilma não tem mérito nenhum pela atuação do órgão. Muito antes pelo contrário.

  
Diretor da Interpol no Brasil entre 2007 a 2009, o delegado aposentado da Polícia Federal Jorge Barbosa Pontes acusou o Ministério da Justiça de interferir indevidamente nas operações de investigação da PF. Pontes disse ter ouvido de colegas que a PF vive a pior crise da história e que há uma exploração política do trabalho do órgão por parte da campanha de Dilma. 

Pontes era adido militar na França e chefiava o escritório da PF em Paris. Ele retornou ao Brasil em 2012 e, segundo diz, decidiu se aposentar em protesto contra a ingerência do ministério no trabalho dos policiais. — Quando voltei da França, percebi que a PF não era mais a mesma. Resolvi me aposentar quase como num rompante. Digo brincando aos meus colegas que minha aposentadoria foi de protesto — afirmou Pontes, que publicou artigo ontem no GLOBO com críticas ao ministério. 

Para o delegado, as operações da PF só vão adiante graças a dedicação de colegas. Pontes critica o fato de o ministério dar a palavra final sobre a concessão de diárias para servidores em missões. Ele afirmou que um decreto de 2012 impôs essa prévia autorização e que, assim, as operações são indiretamente monitoradas: — Acho que essa desconstrução, esse apequenamento que sofremos, foi de cabeça pensada. Entre 2004 e 2007, alcançamos andares da criminalidade de uma forma que não estava sendo esperada. Atingimos o coração do crime institucionalizado que tomou conta do país.

O delegado aposentado Jorge Pontes criticou o uso político da instituição na campanha. — Isso causa um desconforto aos policiais federais. Nós somos do Estado brasileiro. Não gostamos de ver nenhum candidato se vangloriando de algo sobre o qual não guarda mérito algum — disse o delegado aposentado. ( O Globo )

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Caos elétrico: técnicos da Aneel detonam Dilma.


Um documento elaborado pelos servidores da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) usa palavras como "desordem" e "soluções heterodoxas" para descrever a gestão do atual governo no setor elétrico. Em tom bastante crítico, o relatório fala ainda em "ausência de previsibilidade" e "regras instáveis ou ambíguas" como fatores que já podem estar travando investimentos privados.

As expressões constam de documento, obtido pelo Valor, que serviu de base para a formulação de 19 propostas encaminhadas pela Associação dos Servidores da Aneel às campanhas dos principais candidatos à Presidência da República. O parecer que subsidia as propostas evidencia a preocupação da base técnica da agência - especialistas em regulação e analistas administrativos - com os rumos tomados pelo setor. Não expressa a visão de diretores ou superintendentes, mas demonstra o incômodo de gente que lida com processos do dia a dia da Aneel, como ações de fiscalização e revisões tarifárias.

Após uma descrição minuciosa da evolução de leis e regulamentos que balizaram o setor elétrico no século passado, o documento entra na análise de mudanças implementadas a partir de 2003, quando a presidente Dilma Rousseff passou a comandar o Ministério de Minas e Energia. "Várias medidas desde então implementadas na condução do setor nos levam, em significativa medida, ao passado", afirma o relatório.

A primeira crítica é direcionada aos "atos normativos excepcionais" que têm sido adotados, em detrimento de propostas com trâmite legislativo, para mudar regras. "A mais alta esfera do Poder Executivo sucumbe ao impulso de avocar competências e controlar instituições", diz o texto. Na continuação, ressalta que os investimentos ficam comprometidos quando essas mudanças são feitas "sem discussão aprofundada ou com foco no curto prazo".

Um dos alvos é a MP 579, depois transformada na Lei 12.783, que permitiu a renovação das concessões de usinas hidrelétricas e linhas de transmissão. O pacote, lançado em setembro de 2012, viabilizou a redução média de 20% nas contas de luz. Duas críticas relacionadas à medida provisória aparecem no documento. Uma diz respeito à alternativa de prorrogar as concessões em vez de fazer licitação pelo maior lance. Se esse caminho tivesse sido escolhido, os recursos obtidos nos leilões poderiam ser direcionados ao abatimento de encargos por consumidores, em uma metodologia que os técnicos citam como "mais equitativa".

A outra crítica tem como alvo a indefinição em torno das concessões de quatro dezenas de distribuidoras que expiram em 2015. Apesar da proximidade do vencimento, o governo nunca deixou claro quais são seus planos. "Absolutamente nenhum critério foi discutido ou sequer sinalizado para o mercado. Assim, é razoável inferir que, face à imprevisibilidade, pode haver significativos represamentos dos investimentos pelos concessionários atuais."

A MP 579 não é o único ato governamental mencionado no documento. Em março de 2013, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) editou a resolução 3, que determinava o rateio transitório de custos adicionais do setor elétrico entre consumidores, geradores e comercializadores. "O resultado, até junho de 2014, era 56 ações judiciais, das quais 54 com decisões liminares em vigor sustando parcialmente seus efeitos", diz o texto.

Também não foi poupada pelos técnicos da Aneel a decisão do governo de evitar revisões extraordinárias de tarifas por causa do acionamento intensivo das usinas térmicas e da descontratação de energia pelas distribuidoras. "Optou-se por efetivar soluções heterodoxas em que são aportados recursos do Tesouro, emitidos títulos da dívida pública mobiliária federal e vultosas operações de mútuo realizadas pela CCEE, associação civil que não possui renda ou patrimônio."(Valor Econômico)

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

PT já ouve sirenas da polícia e o tilintar das algemas: doleiro aceita delação premiada.


Com a perspectiva de ser condenado a mais de cem anos de prisão nas 12 ações penais em que é réu, o doleiro Alberto Youssef, preso em 17 de março na Operação Lava Jato da Polícia Federal, decidiu negociar um acordo de delação premiada para tentar abrandar sua situação na Justiça. 

Até agora, no entanto, ele não assinou nenhum acordo nem prestou depoimento. A Folha apurou que, se quiser levar adiante uma eventual delação, terá de ficar três anos em regime fechado. A informação da negociação foi revelada pelaFolha. O advogado do doleiro junto ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), Antônio Carlos de Almeida Castro, lamentou a decisão. 

"A família convenceu-o a fazer uma delação. É uma pena, temos uma tese jurídica que era importante no STJ. A família cansou e estou saindo do caso", diz o criminalista, conhecido como Kakay. Na última semana, Kakay e Figueiredo Bastos, que também defende Youssef, ingressaram com um pedido de habeas corpus no STJ (Superior Tribunal de Justiça) no qual pedem a anulação de todas as provas da Lava Jato, por considera-las ilícitas, e o afastamento do juiz do caso. 

Segundo eles, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo caso, havia se declarado suspeito em 2010 para julgar uma questão relacionada a Youssef e à delação que ele fez em 2004. Para a defesa de Youssef, o juiz não poderia ter atuado na Lava Jato. 

Para Kakay, o Ministério Público exigirá que o doleiro desista das teses de defesa para fazer a delação, assim como ocorreu com Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras."Isso é um escândalo. É uma forma de subverter as teses processuais", afirma. Diferentemente de Kakay, que anunciou que deixará o caso, Bastos diz que ainda não decidiu o que fazer. Ele poderá acompanhar a negociação da delação, mas diz que não quer saber os nomes que Youssef pode implicar. 

Além da pressão familiar, pesou sobre o doleiro a delação premiada acertada pelo ex-diretor da estatal de petróleo, que ainda depende de aprovação do STF (Supremo Tribunal Federal). A Lava Jato é a operação que desvendou uma milionária rede de desvio de recursos da Petrobras, que envolve ex-executivos da petroleira, políticos e empresários. 

DEPOIMENTOS
Costa já prestou depoimentos sigilosos em que citou políticos que segundo ele estavam envolvidos no esquema, além de apontar que a corrupção atingia outras diretorias da Petrobras --com indicados ligados ao PT e ao PMDB no topo da lista de suspeitos. Youssef era o principal doleiro do esquema, que teria movimentado R$ 10 bilhões. Segundo a PF, ele era o responsável por lavar o dinheiro do desvio no exterior e repatriá-lo para o pagamento de propinas.

Youssef já foi beneficiado em 2004 com o instituto da delação premiada, depois de ter sido preso sob a acusação de ter enviado US$ 5 bilhões ao exterior. Na época, o doleiro entregou políticos de terceiro escalão do Paraná, pagou uma multa de cerca de R$ 1 milhão e conseguiu deixar a prisão com US$ 23 milhões. Como Youssef voltou ao mercado de dólar, o juiz reabriu oito ações penais daquela época. Numa delas, na semana passada, ele foi condenado a quatro anos de prisão.(Folha de São Paulo)

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Setor de moda em MG faz evento em apoio a Aécio Neves


A Moda pede 45
O setor da moda mineira se reúne, na próxima quarta-feira, 24/09, no Museu Inimá de Paula, em manifestação de apoio aos candidatos do PSDB: Aécio Neves para presidente, Pimenta da Veiga para governador e Antonio Anastasia, para senador.
O projeto A Moda pede 45 envolve 20 conceituadas marcas de Belo Horizonte, que enviaram peças customizadas com o número 45 ou nas cores amarelo e azul do partido para um ensaio fotográfico, cujas fotos, assinadas por Breno Mayer, serão projetadas durante a festa. A intenção é que as imagens também alcancem a mídia mineira possibilitando a divulgação do evento e o posicionamento da classe.
Vários setores da indústria fashion estão participando da iniciativa, capitaneada pelo estilista Cellso Afonso, dono da marca homônima, cujos produtos da coleção também marcam presença no editorial.
Júnia Gomes, Paula Bahia, Cláudia Mourão, da área de calçados e bolsas; Mabel Magalhães, Bárbara Bela, Cosh e Tidda, do setor festa; DTA e Civil, do de jeanswear; Think, Graça Ottoni, Rogério Costa, Marcelo Blade, Engenharia da Moda, Fabiano Sozzani, Renato Loureiro, PG&B, Tereza Santos e Victor Dzenk, do segmento prêt-à-porter, aderiram à causa.
O diferencial da proposta é que os responsáveis por essas empresas estarão levando profissionais da sua equipe, incluindo os que trabalham no chão de fábrica, como seus convidados, para participar da manifestação. Demais empresários importantes do setor, que não puderam integrar o editorial, também estarão presentes.
Identificado com as ideias do PSDB, particularmente as que prometem incentivos para a recuperação das indústrias brasileiras, Cellso Afonso idealizou o projeto A Moda pede 45. “A moda não poderia ficar de fora desse processo. É um braço industrial importante da indústria, uma grande empregadora, gera divisas, paga pesados tributos e, como todo o setor, está passando por dificuldades. Essa foi a forma encontrada para expressar nosso apoio político”, afirma o estilista.





Aécio renova compromisso de rever fator previdenciário.


O candidato à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, afirmou, em entrevista gravada na segunda-feira (22) e transmitida nesta terça (23) pelo “Bom Dia Brasil”, que o governo “afugentou” o investimento privado no Brasil nos últimos anos.  Segundo o presidenciável, o governo petista “demonizou” ações como as parcerias público-privadas (PPP) e concessões.

“Foi o  atual governo que afugentou durante dez anos os investimentos privados que seriam parceiros, por exemplo, na nossa infraestrutura. Esse governo demonizou, por dez anos, PPPs, concessões, privatizações, quase que os considerando crimes de lesa-pátria. Perdemos dez anos e esses investimentos, que poderiam ajudar o Brasil a ser mais competitivo”, disse Aécio.

O candidato destacou que o país cresceu mantendo a mesma média dos demais países da América Latina entre 1995 e o início do governo Dilma, mas que passou a sofrer queda na economia nos últimos três anos. “O Brasil fracassou. A atual presidente da República fracassou na gestão da economia, fracassou na gestão do estado, e fracassou na melhoria dos nossos indicadores sociais [ ...]. E por isso não merece mais um mandato”, disse.

Ao ser questionado sobre que medidas tomará para retomar o crescimento do país, Aécio não apresentou propostas concretas, mas voltou a dizer que já definiu quem será seu ministro da Fazenda. Segundo ele anunciou em debate de televisão no último dia 27, a pasta será chefiada pelo economista Armínio Fraga, que presidiu o Banco Central no governo de Fernando Henrique Cardoso.

“Olha, fiz algo ousado: sinalizei quem será o ministro da Fazenda para apontar na direção de política fiscal absolutamente transparente, o oposto do que estamos vivendo. E previsibilidade, sim”, declarou. “Quando você fala de previsibilidade, quero dizer que não farei um governo de improviso, um governo de choque, de planos mirabolantes”, completou.

Plano de governo
O candidato foi questionado pelos jornalistas Miriam Leitão, Chico Pinheiro e Ana Paula sobre o motivo para não ter apresentado ainda seu plano de governo. Sem definir uma data, ele afirmou que o documento será apresentado “nos próximos dias”. O candidato disse também que suas propostas são conhecidas, que as diretrizes de seu programa foram levadas ao TSE de “forma clara”, e que o documento terá “densidade”.

Aécio fez, ainda, uma provocação à candidata do PSB, Marina Silva, sem citar o nome da presidenciável. Um dia após divulgar o plano de governo, a campanha de Marina retirou do texto trecho que apoiava o casamento entre pessoas do mesmo sexo e a criminalização da homofobia.“Tenho dito: [o meu] não será um programa de governo feito a lápis, para que se passe uma borracha”, disse.

Fator previdenciário e superávit primário
Durante a entrevista, Aécio também criticou o baixo superávit primário que a economia brasileira tem alcançado e disse que, caso seja eleito, encontrará uma “situação complexa”. O superávit primário é a economia que o governo faz para conseguir pagar os juros da dívida pública.

O candidato também voltou a dizer que vai discutir com trabalhadores e aposentados uma saída para substituir o fator previdenciário, mecanismo criado no governo FHC que desestimula a aposentadoria por tempo de contribuição antes da idade mínima de 60 anos para mulheres e 65 anos para homens. Pelo fator, quanto mais cedo a pessoa decidir se aposentar, menor será o valor do benefício.

Aécio também negou que já tenha dito que irá acabar com o fator. “Eu não disse que vou acabar. Eu me reuni com as centrais sindicais e assumi o compromisso de discutirmos uma alternativa ao longo do tempo ao fator previdenciário. Acabar com o fator previdenciário sem colocar algo no lugar seria uma leviandade”, disse.

Petrobras
Aécio voltou a defender o que ele chama de reestatização da Petrobras. “O que eu vou mandar fazer é devolver a Petrobras aos brasileiros, nas mãos dos brasileiros. Vou reestatizar a Petrobras. Vou tirar a Petrobras das mãos de um grupo político que se apoderou da nossa maior empresa para fazer negócios.”

Segurança Pública
O candidato também defendeu uma nova política de segurança pública, com foco no aumento da participação da União nos gastos de estados e municípios na área. Segundo Aécio, um eventual governo seu terá investimentos nas polícias e na política de controle das fronteiras.

“Eu terei uma relação diferente do atual governo com os países produtores de drogas. A Bolívia produz quatro vezes mais folhas de coca do que consome internamente em seus altiplanos. E essa droga que vem matar gente no Brasil. Não vamos dar financiamento nesses países se eles não fizerem o dever de casa”, concluiu. (G1)

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Vantagem criminosa.


Dilma Rousseff veicula uma campanha milionária. Talvez bilionária. Manda cartas praticamente extorquindo empresários para que façam doações. É beneficiada por empreiteiros corruptos, aqueles mesmos que montaram o Petrolão da Petrobras. Além disso, usa a máquina pública de forma despudorada. Chega a ser nojento ver aquela figura patética nos seus terninhos de cada cor e no seu passo de aliá surgir todos os dias das profundezas do Alvorada para dar entrevistas arrogantes e desaforadas para a Imprensa chapa-branca que cobre a presidência. O uso do palácio foi motivo de crítica até mesmo de José Antônio Dias Toffoli, um petista, ex-assessor de José Dirceu, instalado na presidência do Tribunal Superior Eleitoral, onde é a última palavra na eleição em que o PT, ao que tudo indica, será varrido do poder. Ontem, irônica, Dilma respondeu a acusação dizendo que, se não usar o Alvorada, será uma " sem teto". Com o dinheiro que gasta na sua campanha, poderia ter alugado um imóvel em Brasília, onde separaria o público do privado, onde seria apenas a candidata e não aquele simulacro de Obama rompendo pelo corredor do palácio que é de todos brasileiros, onde ela é apenas a ocupante da vez. Aliás, não há governadores em reeleição como Geraldo Alckmin, Beto Richa ou Marconi Perillo usando residências oficiais para dar entrevistas coletivas. Toffoli chamou o uso do Alvorada de "vantagem indevida". Poderia ter sido mais duro, como juiz. O que se vê é uma vantagem criminosa.

domingo, 21 de setembro de 2014

Senador do PT da Bahia pego com a boca na botija


O senador Walter Pinheiro  sempre se orgulhou de estar do lado certo nas disputas políticas. Quando o PT mergulhou no mar de lama do mensalão, ele foi uma das poucas vozes petistas a falar contra a prática, batendo de frente inclusive com a cúpula mensaleira e seu próprio partido. Na edição desta semana de VEJA, porém, o senador aparece no lado oposto do enredo. Dalva Sele, a presidente do Instituto Brasil, uma ONG criada por petistas para desviar recursos públicos, disse que parte da campanha dele foi financiada com dinheiro roubado dos pobres – recursos do Fundo de Combate à Pobreza que deveriam ter sido usados para construir casas para a população carente da Bahia.
Segundo Dalva, a campanha de Walter Pinheiro à prefeitura de Salvador, em 2008, foi bancada com o dinheiro sujo. Os móveis do comitê, as refeições dos cabos eleitorais, os carros de som, faixas, panfletos e o aluguel de uma Parati que transportava o candidato – tudo foi pago pelo  Instituto. Atual vice-líder do PT no Senado, Pinheiro nega as acusações, diz que foi enganado e culpa seu partido, o PT, pelo escândalo. A presidente do Instituto disse que a mulher de Pinheiro era quem buscava o dinheiro durante a campanha.

sábado, 20 de setembro de 2014

Lama do Petrolão chega cada vez mais perto de Dilma.


O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa citou nos depoimentos à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal que o esquema de desvios de recursos na estatal não era exclusividade de sua área, mas ocorria também em outras diretorias da empresa. Segundo a Folha apurou, ele mencionou ter conhecimento de irregularidades praticadas na diretoria de Serviços e na divisão internacional durante o período em que integrou a cúpula da petroleira, entre 2004 e 2012. 

A diretoria de Serviços e Engenharia foi ocupada, à época, por Renato Duque. Indicado pelo PT, ele era um dos membros do alto escalão da petroleira mais próximos da cúpula do PT no governo Luiz Inácio Lula da Silva. A área internacional estava sob responsabilidade de Nestor Cerveró, apoiado por petistas e peemedebistas. 

Relatos obtidos pela Folha com advogados que têm acesso a informações do processo de delação premiada de Costa dizem que o ex-diretor citou nominalmente os ex-colegas, mas não indicam se ele os incriminou diretamente. Também não está claro se ele incluiu essas informações em seu acordo de delação, no qual é obrigado a apresentar evidências ou apontar caminhos para provar o que diz, ou se falou sobre algo que conhecia sem ter detalhes --ensejando, assim, novas apurações pela polícia e pelos procuradores da República. 

Entre as irregularidades já conhecidas que atingem as duas diretorias citadas pelo ex-diretor de Abastecimento, preso em março na Operação Lavo Jato da Polícia Federal, estão a compra da refinaria de Pasadena (EUA) e a construção da refinaria Abreu e Lima (PE). 

Assim que Paulo Roberto Costa decidiu fazer a delação premiada, um dos familiares do ex-diretor disse a advogados da disposição de ele envolver ex-colegas na estatal em seu depoimento, como Duque e Cerveró. Ele disse a esses interlocutores, segundo a Folha apurou, que não iria cair sozinho.Duque já aparece citado em outro inquérito da Polícia Federal para apurar irregularidades nos negócios da Petrobras. A polícia apura sua relação com outros funcionários da estatal suspeitos de evasão de divisas. 

Alertados, amigos do ex-diretor de Serviços o procuraram. Segundo relato à Folha, Duque negou a esses interlocutores qualquer intimidade com eventuais negócios de Costa. A reportagem não conseguiu localizá-lo nesta sexta-feira (19). O advogado de Nestor Cerveró, Edson Ribeiro, disse que as declarações de Paulo Roberto "não têm o condão de contaminar a conduta de demais pessoas" e que, antes de acusar alguém, "é preciso apresentar provas". Ribeiro afirmou ainda que seu cliente só vai se pronunciar se for notificado oficialmente. A Petrobras não se manifestou até a conclusão desta edição sobre o caso.

TENSÃO
O envolvimento de ex-diretores da estatal ligados ao PT no esquema revelado na delação por Costa deixou o governo Dilma Rousseff em alerta e gerou tensão na equipe presidencial e na campanha da reeleição da petista. Na versão de assessores presidenciais, que descartam a existência de riscos de envolvimento da presidente no escândalo, o temor é que Costa queira dividir responsabilidades para atenuar as acusações contra si. 

Entre os petistas, o diretor considerado mais próximo do PT era exatamente Duque, conhecido por ter boas relações com o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto. Vaccari já foi citado nas investigações da Lava Jato e admitiu conhecer, sem precisar o relacionamento e negando irregularidades, o doleiro Alberto Youssef, apontado pela PF como cérebro financeiro do esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.(Folha de São Paulo)

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Eleitor desvenda Marina: rejeição dobra e vai a 22%.


Não foram os ataques do PT que fizeram estrago na imagem beatificada pela mídia de Marina Silva. A lembrança de que ela passou mais de 20 anos no PT e só saiu à cata de um partido quando decidiu ser candidata a presidente foi o principal motivo para que a rejeição da ex-petista subisse de 11% para 22% em trinta dias. Se o eleitor não tivesse entendido perfeitamente o que Aécio tem dito a respeito do petismo de Marina a rejeição dele é que teria aumentado. Ficou nos mesmos 21%. Os brasileiros estão vendo que não há nada de "nova política" na candidata. Quanto mais próximas as eleições, maior a atenção e conscientização do eleitor. E a tendência é que os votos voltem ao seu devido lugar, sem dó e nem piedade, que é o que Marina Silva tenta despertar com histórias de fome e doença, contadas com a voz embargada, em deplorável manifestação do mais tosco populismo. 

Dilma estoura meta às vésperas da eleição e inflação vai a 6,62%.


A prévia da inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), ficou em 0,39% em setembro, informou o IBGE nesta sexta-feira. Em agosto, o indicador havia subido 0,14% e, em julho, 0,17% e, em setembro de 2013, de 0,27%. Em 12 meses, o IPCA-15 agora acumula alta de 6,62% e, no ano, de 4,72%.

O sistema de metas de inflação do governo é orientado pelo IPCA. A meta central é de 4,5%, podendo chegar a 6,5% no ano. Para segurar o avanço dos preços, o Banco Central fez nove elevações seguidas na taxa básica de juros, a Selic, até os 11% atuais, que vêm sendo mantidos desde maio.

Segundo o instituto, os preços dos alimentos voltaram a subir e foram para 0,28%, depois de recuarem 0,32% em agosto, puxados, principalmente, pelas carnes, que ficaram 2,30% mais caras de um mês para o outro, pela refeição fora de casa, que teve aumento de 0,90%, e pelo leite longa vida, com 1,47%.

Também o vestuário acelerou — de deflação de 0,18% para inflação de 0,17% —, além do item Despesas Pessoais (de -0,67% para 0,31%) e Comunicação (de -0,84% para 0,56%). No grupo dos Artigos de Residência (de 0,41% para 0,43%) as variações ficaram próximas de um mês para o outro.
O IBGE explica que as diárias dos hotéis, que haviam sido as responsáveis pela deflação do grupo Despesas Pessoais em agosto (com queda de 23,54%), em setembro ficaram quase estáveis, com ligeira queda de 0,09%.

Já o item empregados domésticos avançou 0,78%, mas o cálculo teve que ser adaptado diante da indisponibilidade das informações da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) para Salvador e Porto Alegre com referência aos meses de maio, junho e julho, por causa da greve do IBGE.

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Aécio: S do BNDES será de Social.


O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou que, caso seja eleito, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai deixar de dar o que ele chama de "bolsa empresário". A declaração foi uma crítica direta aos empréstimos concedidos pela instituição financeira durante o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) a grandes empresas de todo o País, com recursos do Tesouro. "No meu governo, o "S" de BNDES será de fato social", afirmou. 

O candidato citou que pretende utilizar os recursos do banco para conceder empréstimos, por exemplo, a médicos, para que construam mais clínicas. Ele afirmou que o compromisso é de construir pelo menos 500 clínicas durante o governo dele em todo o Brasil. De acordo com o tucano, o pagamento do empréstimo será feito por meio de atendimento à população nessas clínicas via Sistema Único de Saúde (SUS). "Vamos resgatar a capacidade de investimento na saúde", disse. 

Marina
O candidato do PSDB voltou a fazer críticas à candidata do PSB, Marina Silva, afirmando que "não adianta criar um personagem às vésperas da eleição" e que ela tem mudado de posição para se "acomodar" à realidade eleitoral, em função de pressões de alguns setores. "Não adianta queremos criar um novo personagem às vésperas da eleição. Quem votar no Aécio e no Aloysio (Nunes, candidato à vice na chapa) sabe que esta votando em um projeto", afirmou.

Apesar da crítica, Aécio afirmou que sua campanha não pretende "estimular nem tampouco compactuar com essa campanha do medo" empreendida pelo PT contra Marina Silva. Ele avaliou como "inaceitável" os ataques pessoais, "com comparações indevidas", que o partido da presidente Dilma Rousseff tem feito contra a ambientalista, como no caso da independência do Banco Central. 

"O que eu cobro de todos os candidatos é que digam com clareza aquilo que representam, aquilo que defendem", afirmou. Ele citou como exemplo o fato de Marina agora defender a política econômica tucana, mas que, no passado, não contribuiu para a implantação de algumas medidas, como o Plano Real, e a aprovação da lei dos transgênicos.(Estadão)

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Mais de 40% dos brasileiros estão inadimplentes: 57 milhões de pessoas!


É impressionante. O Serasa acaba de divulgar que 57 milhões de brasileiros estão com dívidas em atraso e, com isso, inabilitadas para contratar crédito. Não é à toa que os índices de vendas do comércio, o que reflete diretamente na indústria, estão em estrepitosa queda. É mais uma herança maldita dos governos petistas de Lula e Dilma.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Dilma da Silva ou Marina Rousseff? Oposição ao PT é uma só: Aécio Neves.


O candidato à presidência, Aécio Neves (PSDB), afirmou, nesta segunda-feira (15), em visita ao município de Linhares, na região Norte do Espírito Santo, que eleger Marina Silva, candidata do PSB, é substituir o PT "por um outro tipo de PT". 

O candidato lembrou que Marina iniciou a carreira política no PT e passou 27 anos no partido. “Eu quero dizer a vocês hoje, de forma muito franca, que está chegando a hora da onda da razão. Nós não vamos substituir o governo do PT, por outro tipo de PT. Até porque 80% da trajetória da candidata Marina foi feita dentro do partido e provavelmente será  com uma parcela importante do PT, se ela vencer as eleições, que ela vai governar”, completou.

O candidato realizou uma coletiva de imprensa durante sua visita ao Espírito Santo. Aécio chegou ao aeroporto de Linhares às 11h30 e em seguiu para uma caminhada no Centro da cidade. Em uma das principais avenidas, o candidato caminhou com aliados e cumprimentou os comerciantes.

Ele também afirmou que o partido da presidente Dilma Rousseff propaga uma "grande falácia" quando, segundo Aécio, diz que mudou a vida dos brasileiros. “Eu não acredito nessa história que o PT propaga de que transformou a vida dos brasileiros. Isso é uma grande falácia. Quem muda a vida de cada brasileiro é cada brasileiro, que acorda cedo trabalha, estuda, se prepara. O Estado tem a obrigação de a partir da vocação de cada uma das nossas regiões ser a mão estendida, o parceiro, como a Petrobras deixou de ser”, disse. 

Durante a entrevista, Aécio também fez críticas à Petrobras. Segundo ele, a estatal adia investimentos estratégicos para os estados. “Um exemplo é o polo de gás químico que mais uma vez está sendo adiado porque a Petrobras não demonstra condições de cumprir seu cronograma de investimentos”, afirmou. (G1)

domingo, 14 de setembro de 2014

Pesquisas internas do PSDB indicam queda de Marina e subida de Aécio.


Vence nesta semana o prazo que o senador tucano Aécio Neves deu a seus aliados para reagir na disputa pela Presidência da República: 15 de setembro. Em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais, ele tenta frear as discussões dentro do próprio partido sobre o rumo que deve seguir se ficar fora do segundo turno. 

Com 15% das intenções de voto no levantamento mais recente do Datafolha, Aécio está quase 20 pontos percentuais atrás das duas candidatas que empataram na liderança da corrida, a presidente Dilma Rousseff (PT) e a ex-senadora Marina Silva (PSB). 

Parte do PSDB defende o apoio a Marina no segundo turno da eleição. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, principal fiador da candidatura de Aécio no partido, faz parte desse grupo. Pessoas próximas a FHC dizem que ele não "jogou a toalha", mas vê com "realismo" a situação de Aécio na disputa e tem discutido o assunto dentro do partido. O ex-presidente nega ter falado sobre o tema com aliados de Marina.

Ciente do debate interno, o candidato tem enviado recados para dentro e fora do PSDB. Nos últimos dias, ele repetiu várias vezes que irá para a oposição se não chegar ao segundo turno, adotando discurso quase obrigatório para um candidato que ainda diz acreditar em uma virada. 

Na sexta-feira (12), o tucano conversou sobre o assunto com aliados em São Paulo. Disse ver sinais de "nervosismo" na campanha de Marina, que oscilou negativamente nas pesquisas da semana passada. Na sua avaliação, afirmou, "começou uma mexida" no ambiente eleitoral que pode ser o início de um "esfarelamento" da rival. 

A tese é amparada em levantamentos internos do PSDB e pesquisas divulgadas para o público, que na semana passada mostraram Marina perdendo votos na classe média e em cidades grandes. Para o candidato tucano, o comportamento desses segmentos do eleitorado aponta tendências, por serem compostos por pessoas mais bem informadas e, portanto, mais atentas às acusações que têm sido feitas contra Marina. 

A ex-senadora está há mais de dez dias sob ataque dos adversários, que lançaram dúvidas sobre sua capacidade de obter apoio no Congresso para governar e suas intenções ao defender a autonomia do Banco Central e o investimento em fontes de energia alternativas ao petróleo. 

QUEIXAS
As últimas pesquisas mostram que, se Marina perdeu votos com isso, eles não migraram para a urna de Aécio. Mesmo assim, estrategistas do comitê tucano apostam que muitos eleitores antipetistas que trocaram Aécio por Marina devem voltar para o PSDB e podem ajudar o candidato a ganhar até seis pontos percentuais na reta final. 

"Eles estão nervosos", disse Aécio a um interlocutor na sexta. "Nunca ligaram para a gente. Essa semana, não passaram um dia sem reclamar." Segundo os tucanos, integrantes do PSB fizeram contato com o comitê de Aécio para dizer que ele estava criticando Marina demais, o que ajudaria a desidratar a pessebista e, ao mesmo tempo, fortalecer a presidente Dilma.

"Não vou fazer ataques pessoais", afirmou o senador ao mesmo aliado. "Mas não tem jeito. Ainda acredito que dá para virar isso aí. Se der certo, nas próximas semanas vou esbarrar com ela na casa dos 22%, 23% dos votos."(Folha de São Paulo)

sábado, 13 de setembro de 2014

Dilma "tortura" Marina. Marina pede trégua em nome do defunto. Aécio Neves chama para virada e acredita na"onda da razão".


A presidente Dilma Rousseff afirmou neste sábado (13) que não acha "pertinente" comentar o fato de sua adversária na corrida presidencial, Marina Silva (PSB), ter chorado ao comentar ataques recebidos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas salientou que "chorar é intrínseco ao ser humano" e que "para ser presidente é preciso aguentar a barra".

Sem citar nominalmente a socialista, Dilma deu várias alfinetadas em Marina em discurso em Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde participou de evento com movimentos negros. "O presidente da República sofre pressão 24 horas por dia. Se a pessoa não quer ser pressionada, não quer ser criticada, não quer que falem dela, não pode ser presidente da República", declarou.

Em Sobral, Ceará, Marina lembrou que este sábado 13, é marcado pelos 30 dias da morte de Eduardo Campos. "Queremos estabelecer este dia como um dia de trégua na campanha, vamos falar de propostas e das coisas que juntos a gente sonhou para o Brasil. Infelizmente foi preciso Eduardo perder a sua vida para que todos os partidos reconhecessem seu valor".

Ao lado dos candidatos do PSDB de Minas Pimenta da Veiga (governo) e Antonio Anastasia (Senado), o senador e candidato à Presidência Aécio Neves voltou a dizer em Belo Horizonte, na manhã deste sábado (13), que acredita em uma virada na disputa e atacou as adversárias que lideram as pesquisas.  

"Nós estamos lançando hoje essa caminhada na reta final da campanha, extremamente otimistas de que chegou a hora da grande virada, chegou a hora da onda da razão", afirmou.  O candidato tucano aproveitou o palanque para atacar as adversárias que lideram as pesquisas. 

"A presidente da República, candidata do PT, perdeu as condições de governabilidade, e a candidata Marina não adquiriu essas condições. Governar é muito mais do que ter boas intenções", afirmou, citando que sua candidatura tem a experiência dos "quadros altamente qualificados" por todo o Brasil.