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sábado, 30 de agosto de 2014

Começou a campanha eleitoral.

Pronto! Acabou! A partir de agora Marina Silva não tem mais um defunto para chamar de seu, não tem mais o sangue de um mártir para esfregar na cara, não tem mais Jornal Nacional e nem pesquisa eleitoral impregnada de piedade brasileira pela pobrezinha. Agora Marina terá que andar pelas próprias pernas e provar se tem força e consistência para subir a rampa do Planalto, em primeiro de janeiro de 2015.


O avião que caiu uma semana antes do que seria o início da campanha eleitoral permitiu que Marina surfasse sozinha durante 17 dias entre acidente, velório, enterro, missa de sétimo dia, oficialização da candidatura, Jornal Nacional e uma série de pesquisas feitas em ambiente da mais completa comoção. Nunca na história deste país uma pessoa viva teve tanta exposição na mídia. Ontem o ciclo foi fechado com uma pesquisa Datafolha que mostra que esta overdose midiática deu a ela 34% dos votos, onde antes havia apenas 8%.

A partir de hoje, Marina terá os seus dois minutos diários e as suas contradições. E passa a ser alvo de todas as campanhas, tendo muito pouco tempo para defender-se dos aloprados do PT e dos emplumados do PSDB. Alguns exemplos? Terá que responder por que, sendo Evangelista da Assembleia de Deus, que evangeliza somente o casamento entre homens e mulheres, aprova o casamento gay. Terá que responder ao agronegócio por que quer modificar o padrão de produtividade das propriedades rurais ao mesmo tempo em que proibirá agroquímicos e transgênicos, condenando metade do país à desapropriação. Marina terá que confrontar-se com a própria insensatez.

Este blog tem defendido em todas as redes sociais que há um grande equívoco em culpar campanhas ou candidatos pelo quadro atual das pesquisas. Ninguém poderia imaginar que ocorreria um desastre de tamanhas proporções.  Que o que colocaria as eleições no radar do povo fosse a cara chorosa de Marina Silva. Naquele momento havia pouquíssimo interesse da população pelo pleito. O eleitor foi tragicamente informado que deveria escolher candidato a presidente e votar no próximo dia 5 a partir das imagens impactantes de um jatinho despedaçado, de corpos dilacerados, do velório do pai de uma família feliz, com cinco filhos e uma esposa em volta de um caixão. Todos eles abraçados com Marina Silva e fazendo dela a herdeira da tragédia.

A pergunta que está no ar é se existe possibilidade de reverter este quadro em 35 dias de campanha. Se Aécio Neves poderá deslocar Marina Silva do segundo turno, já que os votos de Dilma Rousseff estão cristalizados nos tradicionais 30% da Bolsa Família, que é no que se resumiu o PT dos dias de hoje. Se Aécio Neves poderá buscar os 5% perdidos e outros 10% entre indecisos, arrependidos e despertados para o real período que Marina Silva representa como gestora de um país em recessão técnica.

Ontem, Aécio Neves declarou que acredita que o quadro pode mudar nas próximas semanas, quando a campanha deslanchar e o eleitor prestar atenção à disputa. Em mensagem postada em sua página no Facebook, ele diz que a pesquisa reflete um momento do já esperado crescimento de Marina Silva:— Nas próximas semanas, vai crescer a atenção e o interesse nas eleições, o que dará oportunidade à população de conhecer os verdadeiros significados de cada candidatura. Neste momento, nosso maior desafio é vencer o grande desconhecimento de nossa candidatura. Por termos o melhor projeto, estamos confiantes em nossa vitória — disse Aécio Neves.

Também pregou serenidade e disse nesta sexta-feira que a campanha dele tem que se "adaptar" neste momento às mudanças que ocorreram no cenário eleitoral com a morte de Eduardo Campos (PSB). O tucano cumpriu agenda de campanha em São Paulo. — Tenho enorme confiança de que no momento da decisão, prevalecendo a razão, vamos estar, não apenas no segundo turno, mas vamos vencer as eleições. Tem um quadro novo, a partir do falecimento do meu amigo governador Eduardo Campos. E agora temos que nos adaptar a essa nova realidade. Eu estou absolutamente sereno e convencido de que as melhores propostas pro Brasil mudar de verdade, quem as têm somos nós — afirmou. 

Portanto, não é hora de desespero. É hora de trabalho, muito trabalho, pois a campanha eleitoral acaba de começar. 

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Corda no pescoço




Editorial, Folha de S. Paulo

Juros ao consumidor chegam ao maior valor desde 2011, o que desfaz mais uma das inúmeras fantasias divulgadas pela gestão Dilma

As novas informações sobre as concessões de empréstimos no país, divulgadas pelo Banco Central, evidenciam que também essa área da economia está paralisada, apesar dos esforços do governo.

Pior, os juros do crédito livre (sem destinação específica) ao consumidor chegaram a 43,2% ao ano, um recorde desde 2011. Desfaz-se, assim, mais uma das inúmeras fantasias propagadas pela gestão Dilma Rousseff (PT) --a de que haveria redução nas taxas escorchantes a que as famílias são submetidas.

Não surpreende, pois, que o saldo das operações de crédito tenha desacelerado pelo sétimo mês consecutivo, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em julho, houve expansão de 4,6% (já descontada a inflação), menos da metade do padrão observado de 2011 a 2013.

A pequena dinâmica existente deve-se aos bancos estatais. Sua participação no mercado, hoje de 53%, cresceu 18 pontos percentuais desde 2008, quando o governo federal decidiu turbiná-los.

Enquanto isso, os bancos privados, ressabiados com o ambiente econômico incerto, deixaram o saldo dos financiamentos cair 2,8% em relação a dezembro último.

Em termos setoriais, a expansão concentra-se no crédito rural e imobiliário, que são direcionados por lei. Ou seja, as instituições são obrigadas a destinar a essas duas finalidades, com juros mais baixos, um pedaço dos depósitos à vista e na poupança. No segmento livre, as novas concessões estão estagnadas desde 2011.

Natural que seja assim. O crédito, por cerca de uma década, cresceu muito além da economia, complementando a renda salarial e sustentando o consumo. O volume total dessas transações mais que dobrou, passando de 25% do PIB em 2004 para 56,1% no mês passado.

Agora, contudo, as dívidas já representam 45,7% da renda das famílias, segundo dados do BC. As pessoas se sentem com a corda no pescoço, por assim dizer, e ninguém gosta de apertar o nó.

No caso das empresas, a baixa demanda de crédito reflete a falta de confiança na economia.

Verificadas tais tendências, o governo adotou mais medidas de estímulo: reduziu a exigência de retenção de depósitos dos bancos no BC e afrouxou regras prudenciais para empréstimos.

Em paralelo, reforçou a segurança das instituições, com novas diretrizes para o crédito consignado e, no caso de automóveis, maior facilidade para a retomada do bem se houver inadimplência.

Algumas dessas ações até são corretas do ponto de vista regulatório, mas não soa promissor insistir na força do crédito num ambiente de desajuste econômico.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

DILMA "ASSALTA" PLANO DE AÉCIO SOBRE SEGURANÇA PÚBLICA


Ontem Dilma Rousseff, cujo partido está no poder há 12 anos, informou que vai "roubar" parte do programa de governo de Aécio Neves, cuja proposta é a criação de um super Ministério da Justiça e Segurança Pública. Vejam o que Aécio propõe:
  • execução integral do orçamento do Fundo Penitenciário e do Fundo Nacional de Segurança
  • reforma do Código Penal e do Código de Processo Penal
  • aumento do efetivo da Polícia Federal e parcerias com as Forças Armadas para fortalecer a vigilância das fronteiras
  • foco em projetos de desenvolvimento social nas áreas mais violentas das cidades para prevenir crimes
  • coordenação entre as polícias e desenvolvimento de trabalho de inteligência no combate ao crime
  • investimento num sistema de informações da população carcerária para avaliar quem poderia estar fora da prisão e, principalmente, quem deveria estar preso
Dilma declarou ontem, às vésperas da eleição, que vai unificar as polícias e integrá-las com as Forças Armadas:

“É a questão de unificar e padronizar. Unificar e padronizar é ter a capacidade de integrar informações, cadastros, procedimentos, padronizar equipamentos de comum acordo. Isso só dá certo de comum acordo”.

“Para resolver o problema da segurança pública tem de ter responsabilidade da União. Queremos é que se possa construir uma política nacional comum. Vamos mandar (o projeto) o mais rápido possível (para o Congresso)”,


Segundo a candidata fantasiada de presidente, para que a integração seja possível, vai encaminhar Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para o Congresso Nacional. Exatamente como prevê o programa de governo de Aécio Neves. 

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Seguro e objetivo, Aécio domina debate, e arranca para o segundo turno


Quem assistiu ao debate da Band viu um só candidato com todas as credenciais para ocupar a presidência do país: Aécio Neves. Preciso, com respostas objetivas e papo reto, o tucano venceu o embate com as rivais Marina Silva, com o seu projeto sonhático e nenhum programa compreensível, assim como uma confusa Dilma Rousseff, enfileirando números, misturando programas e não respondendo nenhum pergunta. Quem esperava e desejava um Aécio agressivo e indo para o ataque, viu uma Dilma e uma Marina com esta postura enquanto o tucano bateu duro, mas com elegância e assertividade, em todos os momentos. 

Em conversa com a imprensa no Rio, antes do debate, Aécio Neves  falou sobre o crescimento de Marina Silva (PSB) nas pesquisas antes da divulgação dos números do Ibope, que mostraram a ex-senadora 10 pontos percentuais acima dele. A entrevista, no comitê carioca do Leblon, na zona sul do Rio, foi sua única atividade externa do dia. O tucano tem apostado na campanha na cidade nos últimos dias: desde a sexta-feira ele vem realizando atividades na capital fluminense, intercaladas com viagens.

O candidato do PSDB disse que está confiante de que irá ao 2º turno. "É preciso mudar e apontar em que direção queremos esta mudança. Tenho absoluta convicção de que, quanto mais claras ficarem as propostas, mais claro ficará que a nossa é aquela que poderá levar o Brasil para o resgate de sua credibilidade, impacta nos investimentos, na recuperação dos empregos." 

"Vou dizer com absoluta sinceridade: cada vez acredito mais na nossa vitória", disse o tucano, que um dia antes (25) havia comparado a candidatura de Marina a uma "onda". "Houve uma reviravolta no quadro eleitoral, ao menos circunstancialmente. Politica e eleições funcionam muitas vezes como o mar, as ondas vêm", disse. Ele acha que na segunda semana de setembro o quadro eleitoral estará mais próximo do "real".

Alguns momentos:
O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, foi o único a apresentar propostas concretas para realizar as mudanças desejadas pela população brasileira durante debate na Rede Bandeirantes, que reuniu sete candidatos ao Palácio do Planalto, na noite desta terça-feira (26/08). Ao se dirigir aos eleitores durante as considerações finais, Aécio anunciou que o ministro da Fazenda de seu governo será o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, numa demonstração clara de que garantirá previsibilidade e segurança na condução da política econômica.

Em aproximadamente três horas de debate, Aécio detalhou suas propostas para áreas de segurança pública, mercado de trabalho, jovens carentes, reforma política, energia e mobilidade urbana. Além disso, mostrou que é o candidato com propostas mais firmes para fortalecer a saúde, a educação e o emprego. Aécio também reiterou que vai adotar uma política econômica para enfrentar a inflação em alta e o baixo crescimento do país.

“O Brasil não comporta novas aventuras, improvisos. Ofereço o caminho da segurança, da responsabilidade fiscal. Se eleito presidente da República, se merecer a sua confiança, [quero] dizer de forma clara aquilo que pretendo fazer: nomearei como ministro da Fazenda um dos economistas mais respeitados do mundo, o ex-presidente do Banco Central, um dos formuladores do tripé macroeconômico, Armínio Fraga”, anunciou Aécio. 

Críticas 

O candidato criticou a maneira como a presidente Dilma Rousseff, candidata do PT à reeleição, conduziu o Brasil nos últimos quatro anos e alertou para incoerências e contradições da candidata do PSB, Marina Silva. Ao ser questionado sobre o que fará em segurança pública, Aécio voltou a defender que é preciso adotar uma política nacional para combater a criminalidade, unificar as ações das polícias civil e militar, reformar os códigos penal e processual penal e não bloquear o repasse de recursos para a área, além de realizar parcerias com os Estados.

“É preciso uma articulação definitiva do poder central com os Estados. Todos sabemos que o tráfico de drogas e o tráfico de armas não são responsabilidade dos Estados. É responsabilidade da União. E as nossas fronteiras infelizmente não vêm tendo a segurança e os investimentos prometidos há quatro anos. Uma Política Nacional de Segurança Pública coordenada pelo governo federal é essencial para diminuirmos a insegurança no Brasil”, afirmou .

Exemplos  

Aécio afirmou que fará no Brasil o que já realizou durante seus dois mandatos à frente do governo de Minas Gerais. A taxa de homicídios, entre 2003 e 2010 no Estado, teve redução de 18%. Em 2010, chegou a 14,7 homicídios por grupo de 100 mil habitantes, uma das mais baixas do país. Já a taxa de homicídios do Brasil ficou 1,8% maior nesse mesmo período. Com Aécio Neves no governo, Minas foi o Estado que mais investiu em segurança no Brasil: foram 13,4% dos gastos totais do Estado.

Ao ser questionado pela candidata do PT, a atual presidente, Dilma Rousseff, sobre qual sua política para o mercado de trabalho, Aécio criticou o governo petista dizendo que a atual administração não tem proposta para melhorar o futuro dos brasileiros, tampouco capacidade de gerar emprego e confiança dos investidores. “Estamos preparados para fazer o Brasil voltar a crescer e gerar empregos cada vez de melhor qualidade”, disse.

Eficiência 

Além de propor ações para retomar a geração sustentável e crescente de emprego, Aécio prometeu conter a disparada da inflação, lembrando que o poder de compra da população nas feiras livres, por exemplo, foi corroído nos últimos seis meses. Para demonstrar a maior capacidade de administrar o Brasil, o candidato aproveitou para lembrar suas experiências como governador de Minas Gerais, estado que se tornou referência internacional ao implantar a avaliação de desempenho de 100% dos servidores públicos.

“Quando assumi o Governo de Minas, reduzi 1/3 das secretarias e enxuguei os cargos comissionados. Elegemos a educação como prioridade. Chegamos ao final do mandato como a melhor educação do Brasil”, afirmou Aécio. “Falta no Brasil eficiência na gestão pública, que foi entregue a um punhado de partidos”, acrescentou.

Como exemplo na área educacional, Aécio reiterou o compromisso de levar para todo o Brasil o programa Poupança Jovem, alternativa para estudantes que precisam de financiamento para manter seus estudos. “Não é uma política de assistencialismo. Dá alternativa ao jovem, que pode ter como concorrente o tráfico e o crime”, afirmou.

Reforma política e fortalecimento da Petrobras 

Aécio defendeu ainda uma reforma política com adoção do voto distrital misto e fim da reeleição, com mandato de cinco anos para todos os cargos eletivos. Ele reforçou, no entanto, que essa não é posição consensual dentro do PSDB.

O candidato também sublinhou o compromisso de fortalecer a Petrobras e lançou um desafio à presidente ao perguntar se ela se desculparia junto ao povo brasileiro pela gestão irresponsável na estatal. “É realmente uma leviandade a forma que a Petrobras vem sendo administrada. É a Polícia Federal que diz que há uma organização criminosa lá. Um colega seu de diretoria está preso hoje. As denúncias que aí estão são extremamente graves e a senhora não pode se esquivar de respondê-las”, afirmou.

Aécio Neves fez uma defesa em favor da democracia representativa e do fortalecimento das instituições brasileiras. “A democracia pressupõe instituições sólidas. Participação popular é essencial, mas a formatação que busca trazer o PT é algo que já de início avilta o poder soberano que é eleito pela sociedade brasileira”, afirmou Aécio. 

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Primeiro embate entre os presidenciáveis


Band realiza nesta terça-feira o primeiro debate entre os candidatos à presidência. Pela primeira vez, estarão frente a frente: Dilma Rousseff (PT), Marina Silva (PSB), Aécio Neves (PSDB), Pastor Everaldo (PSC), Luciana Genro (PSOL), Eduardo Jorge (PV) e Levy Fidelix (PRTB).

O encontro acontecerá nos estúdios da Band no Morumbi, em São Paulo, a partir das 22 horas. O Portal da Band vai transmitir ao vivo o encontro. O internauta também poderá conferir os bastidores, a partir das 20 horas, e uma análise especial com dois cientistas políticos, após o evento. As regras já foram definidas – serão seis blocos. A apresentação será do âncora do Jornal da Band, Ricardo Boechat.
 
Segundo o Estadão, o primeiro debate entre os candidatos ao Palácio do Planalto, nesta terça-feira à noite, na TV Band, será marcado pela tentativa da presidente Dilma Rousseff (PT) e do senador Aécio Neves (PSDB) de se apresentarem como gestores eficientes, sugerindo fragilidades de Marina Silva (PSB) nessa área. A ex-ministra do Meio Ambiente, por sua vez, pretende recorrer às trajetórias dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso para desconstruir o argumento de inexperiência como gestora.

A subida da ex-ministra do Meio Ambiente nas pesquisas preocupa tanto o comando da campanha de Dilma como o comitê de Aécio. Convencida de que será alvo de estocadas, Marina pretende se apresentar como a candidata que não chegou para segregar, mas sim para quebrar a polarização e unir “pessoas de bem” na política, mesmo sendo elas de outros partidos, como o PT ou o PSDB. Marina substituiu o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, morto em acidente aéreo no último dia 13 e, desde então, tenta encarnar o discurso da mudança mais confiável.

Dilma será a primeira a falar no debate da Bandeirantes, seguida por Marina. A ordem, definida em sorteio, foi comemorada pela equipe de Aécio, para quem o tucano poderá captar o tom da discussão entre as adversárias para reagir “com serenidade”, caso seja necessário.

Ex-governador de Minas Gerais, o candidato do PSDB buscará o confronto com Dilma e suas críticas a Marina devem ser mais sutis. Coordenadores da campanha tucana disseram ao Estado que Aécio só atacará diretamente a candidata do PSB se ela tomar a iniciativa. A tática principal consiste em ser mais incisivo com Dilma. As provocações endereçadas ao governo terão o objetivo de reforçar a polarização entre petistas e tucanos.

Com essa estratégia, o mau desempenho da economia e o atraso nas obras estarão na mira de Aécio, que também pretende questionar a eficácia de Dilma como “gerente”. Na tentativa de apresentar um discurso simples e sem rodeios, o candidato do PSDB vai bater na tecla da volta da inflação, da escassez de investimentos e criticar o pífio crescimento do País.

A presidente passou boa parte do dia de segunda-feira reunida com auxiliares no Palácio da Alvorada, preparando-se para o debate. À noite embarcou para São Paulo. Antes de ir para a emissora, Dilma vai se encontrar nesta terça-feira com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Eu sempre me preparo para os debates porque acho que é minha obrigação chegar lá e responder às perguntas o melhor que eu posso”, disse Dilma em entrevista, na segunda à noite, no Alvorada.

Lula disse a Dilma, na semana passada, que é preciso tomar muito cuidado com Marina. Para o ex-presidente, a candidata do PSB herda um ativo de quase 20 milhões de votos da eleição de 2010, quando concorreu ao Planalto pelo PV, além de um clima de comoção nacional com a morte de Campos, e pode encarnar a retórica da mudança. No diagnóstico de Lula, o PT precisa fazer de tudo para repaginar o discurso e tentar atrair os eleitores da ex-ministra descontentes com o governo.

Pesquisas internas do PT indicam que a candidata do PSB está a oito pontos de distância de Dilma - ainda líder dos levantamentos de intenção de voto -, mas bem à frente de Aécio. A equipe do tucano dá como certo que ele aparecerá em terceiro lugar na pesquisa a ser divulgada nesta terça-feira pelo Ibope/Estado/TV Globo, mas ainda acredita na reversão desse quadro.

O comando da campanha de Dilma se debruçou sobre problemas da época em que Marina foi ministra do Meio Ambiente do governo Lula, de 2003 a 2008. Na lista de “fragilidades” de Marina os petistas citam a falta de experiência administrativa e o radicalismo, que provoca entraves ao crescimento econômico, além da resistência dela ao agronegócio e da ausência de estrutura partidária e de aliados para governar.

Trajetórias. Em resposta à críticas sobre sua capacidade de gestão, Marina deve argumentar que Lula nunca havia ocupado cargo administrativo antes de ser eleito presidente, em 2003. Fernando Henrique, da mesma forma que ela, só havia sido ministro. A candidata do PSB vai rebater os possíveis ataques de Dilma e de Aécio enfatizando que, num momento de crise, o País precisa de alguém com capacidade de juntar no mesmo governo nomes do PT e do PSDB.

Em um recado direto a Dilma, Marina vai repetir, se provocada, o discurso de que a petista será a primeira presidente na história a entregar um País pior do que recebeu. “A chamada ‘gestora’ entregará o País no caos”, afirmou o coordenador adjunto da campanha, Walter Feldman (PSB-SP). Marina vai se apresentar como a única com “visão estratégica”, capaz de promover uma “transição positiva” e sem a polarização entre PT e PSDB.

Quarto colocado nas pesquisas, o candidato do PSC, Pastor Everaldo, disse na segunda-feira que vai manter o equilíbrio e usar o debate para reforçar a “defesa incondicional da livre concorrência e do empreendedorismo”.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Campanha de Aécio não muda estratégia antes do candidato ser conhecido


A campanha de Aécio Neves (PSDB) tenta manter fora dos estúdios de gravação do programa eleitoral a inquietação provocada por Marina Silva (PSB) entre os tucanos. O publicitário de Aécio, Paulo Vasconcelos, diz que não faz sentido agora mudar a linha do programa, tampouco em partir para um ataque mais direto a Marina na TV. O horário gratuito mal começou e o que Aécio precisa, na avaliação do marqueteiro, é bater outro adversário: o fato de uma fatia grande de eleitores ainda não o conhecerem bem. Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin e José Serra devem entrar em campo como cabos eleitorais do senador.


"Até então, tínhamos dois candidatos desconhecidos e uma muito conhecida. Agora, são duas muito conhecidas e um desconhecido. E ninguém vota em quem não conhece", disse Vasconcelos ao Valor PRO, o serviço de informações em tempo real do Valor. "Não é Marina o obstáculo prioritário do Aécio", disse Vasconcelos. "O desafio dele é se tornar conhecido."

O Datafolha da semana passada mostrou que Marina se transformou em ameaça direta a Aécio, que até a morte do candidato do PSB, Eduardo Campos, aparecia como o único com chances reais de ir ao segundo turno contra a presidente e candidata Dilma Rousseff (PT). Antes mesmo do horário gratuito, embalada pela exposição na imprensa desde a tragédia de Campos, Marina entrou na disputa empatada com o tucano.

Para Vasconcelos, "não há nenhuma previsão de alteração". "Nós temos uma audiência que não está alta e precisamos de tempo para que as pessoas tomem conhecimento de quem são os players dessa eleição. Não há nenhuma mudança de rota."

Os primeiros programas assinados por ele exibiram a trajetória da Aécio. A ênfase é sua gestão em Minas, apresentada como revolucionária, moderna, reconhecida internacionalmente. É o que Aécio tenta mostrar de mais concreto aos eleitores a quem pede voto. Seus aliados de campanha passaram a criticar Marina dizendo que esses são exatamente os pontos fracos dela. Mas Vasconcelos diz que não está no script, por ora, enfatizar no programa as diferenças entre seu candidato e Marina.

"Não há nenhuma sugestão ou orientação [de mudança na linha] porque a campanha começou há 48 horas e todos nós temos consciência de que se não apresentarmos alternativa de poder com resultados exitosos não vai adiantar nada falar outra coisa", disse Vasconcelos.

A aposta é que os quatro minutos e pouco de Aécio no horário gratuito mais a cobertura na imprensa terão efeito sobre o eleitor. Ele lembra que Aécio estava entre os 11% e 12% das intenções de voto no primeiro semestre e saltou, com ajuda dos programas de TV que antecederam o horário eleitoral, para a faixa dos 20%.

Para transpor o desconhecimento dos eleitores em relação a Aécio, Vasconcelos deve ter nos próximos programas mensagens da nata dos cabos eleitorais do PSDB: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e os dois ex-candidatos a presidente, José Serra e Geraldo Alckmin. Todos com recall de campanhas e, no caso de FHC, de oito anos de governo.

"A ideia é associar projetos exitosos do PSDB a seus governadores e ao Aécio, por consequência. É óbvio que há muita coisa de PSDB em São Paulo relacionada a Alckmin e a Serra e em algum momento deve acontecer a presença deles e de FHC na propaganda do Aécio", diz o publicitário.Fernando Henrique deixou o Palácio do Planalto com enorme rejeição dos eleitores e ficou quase totalmente escondido nas três campanhas seguintes, nas quais o PT venceu o PSDB. Voltou a ter presença ativa somente na pré-campanha de Aécio no ano passado. (Valor Econômico)

domingo, 24 de agosto de 2014

Agronegócio tem duas inimigas: Marina e Dilma


O ódio de Marina Silva contra o agronegócio dispensa comprovações. Sua luta mentirosa contra o Código Florestal, a perseguição que comandou contra os produtores rurais quando era ministra e petista, os acordos que vêm rasgando depois da morte de Eduardo Campos e toda uma biografia são provas inequívocas de que, se eleita, viveremos um período de trevas no campo brasileiro. Haverá um desmonte da legislação e um bloqueio total a investimentos essenciais para a produção rural.

E Dilma? Dilma comprou o passe de algumas lideranças venais do agronegócio, mas também não nega sua cara torcida contra os produtores rurais. Não dá garantias de segurança jurídica, dominada pela gang de Gilberto Carvalho e, agora, está retardando a nomeação de adidos agrícolas para atuarem nas embaixadas no exterior. Estes profissionais são estratégicos para negociar os detalhes para ampliação das exportações, como barreiras fitossanitárias, por exemplo.

Novos adidos estão escolhidos pelo Ministério da Agricultura há meses, mas Dilma não se digna a assinar as nomeações. Ninguém sabe o motivo. Se ninguém sabe, é porque existe alguma falcatrua no meio disso tudo. O fato é que o Agro, neste momento, tem duas inimigas disputando a presidência da República. Se uma delas vencer, teremos quatro anos de vacas magras e a praga ideológica assolando o campo.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Próximas pesquisas valem ouro para Marina


Não é à toa que ontem circulavam pesquisas telefônicas que davam Marina empatada com Dilma e Aécio caindo. Faz parte da estratégia financeira da campanha do PSB. Inflar Marina é garantia de que haverá doações de empresas que minguaram com a morte de Eduardo Campos. Por isso, as próximas pesquisas valem ouro. E a compra e manipulação de resultados não está descartada. Aparecerão, conhecendo-se o Ibope números díspares da pesquisa CNT/MA, por exemplo. Ambas devem sair ao mesmo tempo, segunda ou terça da próxima semana. Muita calma nessa hora. A melancia Marina - verde por fora e vermelha por dentro - sabe jogar mais pesado que o PT, podem acreditar.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Marina demite coordenador e tesoureiro de Eduardo e toma do PSB de assalto

Carlos Siqueira, homem de confiança de Campos, foi escorraçado da campanha por Marina Silva.

Carlos Siqueira, secretário-geral do PSB e coordenador da campanha de Eduardo Campos, disse à Folha nesta quinta-feira (21) que não seguirá na função ao lado de Marina Silva. "Pela maneira grosseira como ela me tratou. Eu havia anunciado que minha função estava encerrada com a morte do meu amigo. Na reunião [de quarta-feira (20)] ela foi muito deselegante comigo. Eu disse que não aceitaria aquilo e afirmei: 'a senhora está cortada das minhas relações pessoais", disse Siqueira à Folha

O rompimento de Siqueira, militante histórico do partido, revela o quão difícil será a nova realidade eleitoral para o PSB. "Não houve engano nenhum. Não estou e não estarei em hipótese alguma na campanha desta senhora", completou. Carlos Siqueira não quis contar detalhes da reunião. 

Segundo a Folha apurou, entretanto, Marina chegou a dizer a ele que não precisaria mais se preocupar com a coordenação da campanha. Ele reagiu prontamente pela forma dita. "Se ela comete uma deselegância no dia em que está sendo anunciada candidata, imagine no resto. Com ela não quero conversa", disse. 

Durante reunião nesta quarta, que durou cerca de seis horas em Brasília, Marina colocou o deputado Walter Feldman na coordenação-geral da campanha ao lado de Carlos Siqueira. Bazileu Margarido, que estava na vaga que agora é de Feldman, foi nomeado titular do comitê financeiro. Henrique Costa, então tesoureiro, passou a ser o adjunto. 

O PSB superou divergências internas para lançar a ex-senadora como candidata. Nesta quarta (20), sua candidatura foi oficializada. Marina se comprometeu a manter os acordos regionais fechados por Campos, mas reafirmou que não irá subir em palanques como os de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, em que o PSB apoia candidatos do PSDB. A ex-senadora foi contrária a várias alianças locais e comunicou que vai manter sua posição. 

O presidente do PSB, Roberto Amaral, já disse que Marina não precisará permanecer no partido caso seja eleita. Ela organiza a criação de um novo partido, a Rede Sustentabilidade.(Folha de São Paulo)


quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Protegida de Dilma, presidente da Petrobrás "doa" imóveis para escapar de bloqueio de bens


A presidente da Petrobras, Graça Foster, e o ex-diretor da Área Internacional da estatal Nestor Cerveró doaram imóveis a parentes após estourar o escândalo sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, como mostram registros em cartório obtidos pelo GLOBO no início da tarde desta quarta-feira. A movimentação envolve apartamentos em áreas valorizadas do Rio.

Os bens mudaram de mãos antes de o Tribunal de Contas da União (TCU) determinar o bloqueio do patrimônio de dez gestores da Petrobras apontados como responsáveis por um prejuízo de US$ 792,3 milhões na compra da refinaria. O bloqueio foi determinado no dia 23 de julho justamente para garantir que os bens não sejam movimentados pelos gestores e possam garantir o ressarcimento aos cofres da estatal.

Na sessão em plenário desta quarta, os ministros do TCU vão decidir se Graça também terá o patrimônio bloqueado, uma vez que ela acabou excluída da primeira decisão por conta de um erro. O Palácio do Planalto opera para que a presidente não seja atingida pela medida. O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, que fez a defesa de Graça em plenário, já declarou que o bloqueio inviabilizaria a permanência de Graça no cargo.

Os documentos oficiais obtidos pela reportagem revelam que, em 20 de março deste ano, Graça doou "com reserva de usufruto" um apartamento em Rio Comprido a Flavia Silva Jacua de Araújo, tendo Colin Silva Foster como interveniente. No mesmo dia, a presidente da Petrobras fez uma doação semelhante a Flavia e a Colin de um imóvel na Ilha do Governador.

No dia 19 de março, um dia antes das transações feitas por Graça, veio a público um posicionamento da presidente Dilma Rousseff de que apoiou a compra da refinaria de Pasadena por conta de um "parecer falho" elaborado por Nestor Cerveró. Era o início de uma crise que resultou na instalação de duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) no Congresso Nacional.

Dilma, como presidente do Conselho de Administração da Petrobras em 2006, votou a favor da aquisição da primeira metade da refinaria. No processo em curso no TCU, os ministros a eximiram de responsabilidade no negócio. Graça ainda fez uma "doação com reserva de usufruto" a Colin em 9 de abril deste ano. Trata-se de um imóvel na Praia de Manguinhos, com direito a uma vaga de garagem.

Cerveró, por sua vez, doou três apartamentos a parentes em 10 de junho, 45 dias antes de o TCU determinar o bloqueio de seus bens e de mais nove gestores da Petrobras. Cerveró doou um apartamento na Rua Prudente de Moraes a Raquel Cerveró; outro apartamento no mesmo prédio a Bernardo Cerveró; e um apartamento na Rua Visconde de Pirajá, também a Bernardo Cerveró. ( O Globo )

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Marina não será alvo do PSDB — pelo menos por enquanto


A estratégia tucana na primeira fase da campanha presidencial começa a ser redefinida, agora que já é certa a candidatura da ex-senadora Marina Silva pelo PSB no lugar de Eduardo Campos. Os principais nomes do PSDB estiveram em Recife neste domingo para prestar homenagem ao político pernambucano morto tragicamente e confortar sua família. Saíram antes do final da missa com destino ao aeroporto, sem falar em público sobre política, mas deixaram com seus interlocutores pistas do discurso a ser adotado por Aécio Neves nos próximos dias — a propaganda eleitoral gratuita começa nesta terça-feira. Marina, neste momento inicial, não será alvo de ataques diretos de Aécio. A artilharia será toda usada contra a petista Dilma Rousseff. Avalia-se que Marina, por enquanto, está blindada pela comoção causada pela morte do socialista. Além disso, os tucanos não querem dar margem nenhuma para que o abismo eleitoral entre PT e PSDB aumente no Nordeste. É melhor que nenhum voto nordestino migre da candidatura peessebista para Dilma — daí a necessidade de manter o foco de ataques no PT. 

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Dia crucial para Dilma

Dilma no JN em 2010
Às vésperas do horário eleitoral, um dia depois de ser vaiada no velório de Eduardo Campos, mesmo estando ao lado de Lula, com a campanha despedaçada pela pesquisa Datafolha "boca de velório" que a coloca perdendo a eleição para Marina Silva no segundo turno, Dilma Rousseff enfrenta a bancada do Jornal Nacional. A eleição pode estar na mão de Willian Bonner e Patrícia Poeta. Resta saber se os dois apresentadores, tão duros com Aécio e Campos, terão pulso e coragem para impedir que a truculência de Dilma domine a entrevista.


domingo, 17 de agosto de 2014

O oportunismo calculado de Marina Silva

Em declaração, a vice da chapa Marina Silva disse ao Estado que não embarcou na aeronave que caiu em Santos na última quarta-feira por "providência divina". 

"Foi providência divina,  eu, Renata, Miguel e (Rodrigo) Molina,  não estarmos naquele avião", disse Marina em referência aos familiares que costumavam viajar com o presidenciável. A ex-ministra desembarcou na tarde de sábado no Recife para acompanhar o enterro de Campos.

Mentira. Marina Silva não entrou no avião para não apoiar um ato organizado por Márcio França (PSB), vice de Geraldo Alckmin (PSDB), na cidade de Santos. Se fosse um evento da Rede, ela teria entrado. Nem Deus, nem o diabo teriam impedido a cínica de entrar naquele voo. Já a respeito da esposa de Campos, ela estava voltando pra casa com um menino de sete meses.Não poderia ficar fazendo escalas em voo político.

É este cinismo e este oportunismo de Marina Silva que enoja. E que deve ser revelado, sempre que possível, ao povo brasileiro e, especialmente, aos evangélicos, que é para quem ela quer se apresentar como a Ungida pelo Senhor.Afinal de contas, pela conclusão de Marina Silva, a "providência divina" teria matado Eduardo Campos.

sábado, 16 de agosto de 2014

Segunda tem Dilma no JN

Canceladas após a morte do presidenciável Eduardo Campos (PSB), na última quarta-feira (13), as entrevistas no "Jornal Nacional" com a presidente Dilma Rousseff (PT), que tentará a reeleição, e com o candidato Pastor Everaldo (PSC) foram remarcadas pela TV Globo. A petista será entrevistada na próxima segunda (18) e Everaldo, na terça (19). Inicialmente, eles participariam do telejornal na quarta (13) e quinta (14), respectivamente. 

Aécio Neves (PSDB) abriu a série de entrevistas com os principais presidenciáveis na última segunda (11), seguido por Campos, que foi à bancada na terça (12), dia anterior à sua morte no acidente aéreo ocorrido em Santos (SP). A tragédia também levou a TV Bandeirantes a adiar o seu primeiro debate com os candidatos ao Palácio do Planalto. Antes marcado para a próxima quinta (21), o evento foi reagendado para o dia 26. Segundo a emissora, a mudança na data foi acertada com as campanhas, em "respeito às dificuldades do PSB". 

Resta saber se Willian Bonner e Patrícia Poeta usarão da mesma dureza com Dilma que usaram com Aécio e Campos. Se interromperão a presidente. Se insistirão de forma até mal educada com certos temas. E se tocarão em atos escandalosos como a sua responsabilidade na compra de Pasadena, a compra dos segundos do PR com a entrega do ministério dos Transportes e a interferência do governo para defender diretores suspeitos da Petrobras. Assunto não falta para derrubar de vez a presidente incompetente.

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Vaza o que seria o primeiro programa eleitoral de Campos

Vazou O Primeiro Programa Eleitoral da Campanha Eduardo-Marina, Que Iria AO AR dia 19 de agosto. E hum Programa Curto, Bem Feito e com UMA MENSAGEM Totalmente de Oposição AO fisiologismo do Governo Dilma Rousseff. Por ISSO, Chega Ser nojento ver Lula e SUA camarilha Querendo Roubar o Legado de Campos do Eleitor brasileiro.
Se alguem TEM Dúvida de Que Lado Campos Iria Estar, basta ver o vídeo!


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

As últimas palavras de Campos sobre Dilma

"Já em 2012, nas eleições de 2012, nós já enfrentamos o PT em várias cidades, inclusive no Recife. Quando a presidenta apoiou o Renan e o PMDB para Câmara, Renan para o Senado, o PSB já apoiou outros candidatos. Nós já vínhamos num processo de afastamento claro do governo. Por quê? Porque esse governo é o único governo que vai entregar o Brasil pior do que recebeu. Nós vamos estar pior na economia, pior na questão da violência, pior na logística, pior na relação externa com o resto do mundo."

"O que aconteceu é que aquilo que foi prometido, que o Brasil ia corrigir os erros e aprofundar as mudanças, não aconteceu. Tantas pessoas que votaram na Dilma e se frustraram, tantas pessoas que estão nos assistindo que viram agora um governo que valoriza no seu centro a velha política, um governo que deixou a inflação voltar, um governo que está fazendo derreter os empregos. Agora, o que o povo quer é alguém que dê solução a isso."
 
As declarações acima foram dadas por Eduardo Campos ao Jornal Nacional, na véspera do acidente que lhe tirou a vida. Fica clara a sua frontal e total oposição ao PT e ao governo Dilma. O campo de Campos era a oposição ao que aí está. O seu legado é este.  Que seja respeitado.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Brasileiro deve começar a sentir no bolso alta de preços logo após as eleições

Contas de energia, combustíveis, água e tarifas de ônibus devem começar a subir ainda este ano

Logo após o Brasil conhecer o presidente dos próximos quatro anos, é possível que os brasileiros já comecem a sentir no bolso a alta de preços que foi represada pelo governo federal desde 2013. O ajuste nas tarifas de serviços que têm preços regulados pela União (chamados preços administrados), como energia elétrica, combustíveis e transporte, já começou em 2014, mas o ritmo ainda está aquém do ideal. A avaliação de economistas é que pode haver correção até dezembro e, sobretudo, até o fim do próximo ano.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já sinalizou, por exemplo, que haverá reajuste em breve, ao falar que "todos os anos há correção do preço da gasolina, uns mais, outros menos, mas todos os anos tem correção". Para o mercado, ficou mais claro que o governo vai reajustar a gasolina até o fim do ano, mas somente após as eleições, quando não haverá mais risco eleitoral. As ações da Petrobras até subiram no rastro das declarações de Mantega. 
A última vez que houve reajuste de preços dos combustíveis foi em novembro do ano passado, quando a Petrobras foi autorizada a aumentar em 4% a gasolina e em 8% o diesel, nas refinarias. Desde 2013 o preço vem sendo segurado pelo governo para ajudar no controle da inflação, movimento que prejudicou as contas da estatal. Em doze meses até julho, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) já subiu 6,5%.
Boa parte do represamento que ocorreu em 2013 começou a ser diluído a partir de outubro do ano passado. A alta dos preços administrados, que desacelerou para 1,54% em 2013, já subiu para 4,63% em doze meses até julho, segundo um integrante da equipe econômica de Dilma. "O ajuste está ocorrendo. No caso de energia elétrica está claro que não há represamento. As tarifas estão subindo", destacou a fonte. Em julho, o custo da energia residencial subiu 4,52% somente em julho e 9,73% no ano. Até o final do ano, o BC, de acordo com a mesma fonte, espera um reajuste total de 14% da conta de luz. 

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Aumento da gasolina é “imprescindível”, segundo Petrobras

O diretor de Finanças e Relações com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa, disse que o aumento dos combustíveis é “imprescindível” para que a empresa reduza seu endividamento.O executivo afirmou, porém, que não tem como prever quando isso ocorrerá e negou que a decisão esteja relacionada ao calendário oficial. O último reajuste foi autorizado em novembro de 2013. As informações são da FolhaPress.
 
De acordo com o Centro Brasileiro de Infraestrutura, a defasagem atual no preço da gasolina é de 9,6% e do diesel, de 8,4%, em relação aos preços internacionais. Os preços externos trazem impacto à Petrobras porque a empresa importa combustíveis que vende para atender à demanda interna e também porque importa petróleo, já que o óleo produzido no Brasil não pode ser todo processado internamente, devido a questões técnicas das refinarias e do produto.
 
A palavra final sobre o reajuste dos combustíveis cabe ao conselho de administração da empresa, instância máxima de gestão da companhia. O conselho é formado por dez integrantes, dos quais sete são representantes governo, uma vez que a União é o principal acionista da companhia.
 
Os reajustes têm sido retidos devido ao impacto que trariam na inflação. Sem poder repassar a alta dos custos no mercado interno, a Petrobras é obrigada absorvê-los, o que tem trazido impacto negativo às suas finanças.
 
No primeiro semestre de 2014, a Petrobras lucrou R$ 10,4 bilhões, queda de 25% em relação aos primeiros seis meses de 2013, de 13,9 bilhões.
 
A dívida da Petrobras cresceu de R$ 221,6 bilhões para R$ 241,3 bilhões entre dezembro de 2013 e junho de 2014.
 
A empresa tem como metas de endividamento reduzir de 3,92 para 2,5 a relação entre dívida líquida e Ebitda (indicador de geração de caixa pela empresa), e de 40% para 35% a relação entre dívida líquida e dívida líquida somada ao patrimônio da empresa. Os dois indicadores são as principais medidas observadas pelo mercado para avaliar o quão endividada é uma empresa.
 
“Nós temos trabalhado ao longo dos trimestres, mostramos a evolução ao Conselho de Administração, e essa evolução depende de variáveis. Continuamos a meta de alinhar os preços domésticos aos internacionais e fornecido outras variáveis. Data eu não tenho”, disse Barbassa.
 
Ao negar que o reajuste dependa do calendário eleitoral, Barbassa disse que as variáveis monitoradas são câmbio, cotação internacional de óleo e volume interno de produção.
 
Demissão voluntária
 
O Plano de Incentivo ao Desligamento Voluntário da Petrobras (PIDV) demitiu 3.102 até junho deste ano. Lançado em janeiro, o programa teve 8.289 inscritos. A ideia da estatal é desligar 55% do total dos inscritos até o final deste ano e os demais, em 2015.
 
Para dar conta de pagar todas as indenizações, a estatal fez uma provisão de R$ 2,4 bilhões no primeiro trimestre, o que impactou no lucro da companhia no período.
 
O programa oferece indenizações de R$ 180 mil a R$ 600 mil (conforme a faixa salarial) a funcionários com mais de 55 anos completados até a data e habilitados a pedir aposentadoria pelo INSS.