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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Nossa presidente envergonhando o país

    Ahhh as notícias que nos trazem os jornais. É de arrepiar o editorial do Estadão sobre o despreparo da presidente Dilma. Dá uma lida....

Ela fala pelo Brasil
Até mesmo o lusófono presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, deve ter tido sérias dificuldades para entender os dois discursos da presidente Dilma Rousseff proferidos em Bruxelas a propósito da cúpula União Europeia (UE)-Brasil. Não porque contivessem algum pensamento profundo ou recorressem a termos técnicos, mas, sim, porque estavam repletos de frases inacabadas, períodos incompreensíveis e ideias sem sentido.
Ao falar de improviso para plateias qualificadas, compostas por dirigentes e empresários europeus e brasileiros, Dilma mostrou mais uma vez todo o seu despreparo. Fosse ela uma funcionária de escalão inferior, teria levado um pito de sua chefia por expor o País ao ridículo, mas o estrago seria pequeno; como ela é a presidente, no entanto, o constrangimento é institucional, pois Dilma é a representante de todos os brasileiros – e não apenas daqueles que a bajulam e temem adverti-la sobre sua limitadíssima oratória.
Logo na abertura do discurso na sede do Conselho da União Europeia, Dilma disse que o Brasil tem interesse na pronta recuperação da economia europeia, “haja vista a diversidade e a densidade dos laços comerciais e de investimentos que existem entre os dois países” – reduzindo a UE à categoria de “país”.
Em seguida, para defender a Zona Franca de Manaus, contestada pela UE, Dilma caprichou: “A Zona Franca de Manaus, ela está numa região, ela é o centro dela (da Floresta Amazônica) porque é a capital da Amazônia (…). Portanto, ela tem um objetivo, ela evita o desmatamento, que é altamente lucrativo – derrubar árvores plantadas pela natureza é altamente lucrativo (…)”. Assim, graças a Dilma, os europeus ficaram sabendo que Manaus é a capital da Amazônia, que a Zona Franca está lá para impedir o desmatamento e que as árvores são “plantadas pela natureza”.
Dilma continuou a falar da Amazônia e a cometer desatinos gramaticais e atentados à lógica. “Eu quero destacar que, além de ser a maior floresta tropical do mundo, a Floresta Amazônica, mas, além disso, ali tem o maior volume de água doce do planeta, e também é uma região extremamente atrativa do ponto de vista mineral. Por isso, preservá-la implica, necessariamente, isso que o governo brasileiro gasta ali. O governo brasileiro gasta um recurso bastante significativo ali, seja porque olhamos a importância do que tiramos na Rio+20 de que era possível crescer, incluir, conservar e proteger.” É possível imaginar, diante de tal amontoado de palavras desconexas, a aflição dos profissionais responsáveis pela tradução simultânea.
Ao falar da importância da relação do Brasil com a UE, Dilma disse que “nós vemos como estratégica essa relação, até por isso fizemos a parceria estratégica”. Em entrevista coletiva no mesmo evento, a presidente declarou que queria abordar os impasses para um acordo do Mercosul com a UE “de uma forma mais filosófica” – e, numa frase que faria Kant chorar, disse: “Eu tenho certeza que nós começamos desde 2000 a buscar essa possibilidade de apresentarmos as propostas e fazermos um acordo comercial”.
Depois, em discurso a empresários, Dilma divagou, como se grande pensadora fosse, misturando Monet e Montesquieu – isto é, alhos e bugalhos. “Os homens não são virtuosos, ou seja, nós não podemos exigir da humanidade a virtude, porque ela não é virtuosa, mas alguns homens e algumas mulheres são, e por isso que as instituições têm que ser virtuosas. Se os homens e as mulheres são falhos, as instituições, nós temos que construí-las da melhor maneira possível, transformando… aliás isso é de um outro europeu, Montesquieu. É de um outro europeu muito importante, junto com Monet.”
Há muito mais – tanto, que este espaço não comporta. Movida pela arrogância dos que acreditam ter mais a ensinar do que a aprender, Dilma foi a Bruxelas disposta a dar as lições de moral típicas de seu padrinho, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Acreditando ser uma estadista congênita, a presidente julgou desnecessário preparar-se melhor para representar de fato os interesses do Brasil e falou como se estivesse diante de estudantes primários – um vexame para o País.



Sociedade condenada?

Foto de Politica &  Imagens.


Encontrei essa postagem bem no dia que o STF deciciu absover os envolvidos no mensalão, e resolvi dividir pra uma reflexão. Estará a nossa sociedade condenada?
O dinheiro está fluindo para quem negocia com favores e não com bens, como previu essa filósofa russa.
Mas acredito que ainda é tempo de resgatar alguma dignidade - e pra isso é preciso tirar essa corja que comete os crimes mais absurdos, manipula votações e troca favores mesmo desgraçando o país.

 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

O velho, o novo e o eterno

    Primeiro dia numa redação, eram máquinas barulhentas, fumaça subindo entre as mesas e no ar cheiro de café e cigarro.
     A folha pautada era girada na máquina de escrever com o barulho característico. Contavam-se as letras e começava a elaboração do texto. Era diferente pensar assim, pra quem até então só o sabia com folha de papel e caneta na mão.
    O jornalismo era visto quase como uma missão. E na época a missão era derrubar a ditadura, denunciar os crimes políticos que eram violenta e descaradamente cometidos.
    Vieram os computadores, as redações mudaram, e o jornalismo fez sua parte na transformação da sociedade. Formaram-se partidos democráticos, eleições diretas. E o partido que "faturou" a imagem de transformador, de democrático, de defesa dos trabalhadores, assumiu o poder. Grande decepção, era uma nova forma disfarçada de ditadura. Cabe ao novo jornalismo, das redações informatizadas e milhares de fontes, ajudar a sair de mais essa armadilha. O velho, o novo e a eterna busca.