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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

O velho, o novo e o eterno

    Primeiro dia numa redação, eram máquinas barulhentas, fumaça subindo entre as mesas e no ar cheiro de café e cigarro.
     A folha pautada era girada na máquina de escrever com o barulho característico. Contavam-se as letras e começava a elaboração do texto. Era diferente pensar assim, pra quem até então só o sabia com folha de papel e caneta na mão.
    O jornalismo era visto quase como uma missão. E na época a missão era derrubar a ditadura, denunciar os crimes políticos que eram violenta e descaradamente cometidos.
    Vieram os computadores, as redações mudaram, e o jornalismo fez sua parte na transformação da sociedade. Formaram-se partidos democráticos, eleições diretas. E o partido que "faturou" a imagem de transformador, de democrático, de defesa dos trabalhadores, assumiu o poder. Grande decepção, era uma nova forma disfarçada de ditadura. Cabe ao novo jornalismo, das redações informatizadas e milhares de fontes, ajudar a sair de mais essa armadilha. O velho, o novo e a eterna busca.

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